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Operação Aparecida: um xeque-mate na quadrilha que assombrava o meio rural

por Ana Lúcia Jacomini

Polícia Civil trabalha agora para finalizar o inquérito e enviá-lo para o Poder Judiciário

Foram 160 agentes e mais de 50 viaturas na maior operação realizada até agora em Marau
Foto: Luiz Carlos/tuaradio

Nem bem encerrava a programação da Semana Farroupilha - ocasião em que reverenciamos a bravura dos nossos antepassados, e Marau já presenciava uma nova ação de coragem e determinação. A Operação Aparecida, desencadeada pela Polícia Civil na quarta-feira, 21/09, desarticulou uma quadrilha de assaltantes que vinha amedrontando o meio rural, já há vários meses. Um verdadeiro cenário de guerra foi montado, na maior operação policial já realizada no município, com 160 agentes e mais de 50 viaturas.

Nesta quinta-feira, 22/09, o Delegado Norberto Rodrigues, titular da DP de Marau, acompanhado de Marcos Pradegan, Chefe do Setor de Investigação, e do escrivão Daltro Gunzel, revelaram alguns detalhes da ação que consiste em uma resposta para a população e para as entidades de classe dos agricultores, que vinham pedindo ajuda. Ouça a entrevista no player de áudio.

Conforme Marcos, o trabalho de investigação e coleta de provas iniciou no começo do ano e foi intensificada nos três últimos meses. O tempo foi dedicado a identificar o maior número possível de integrantes da quadrilha e de pessoas que vinham praticando os assaltos nas propriedades rurais. “Não queríamos deixar nenhuma raiz”, disse ele, explicando que a investigação contou com o trabalho de todos os profissionais lotados em Marau.

O trabalho foi perfeito, segundo o Delegado Norberto. O nome da operação se deve ao fato de que os primeiros furtos e arrombamentos atribuídos à quadrilha, foram na Comunidade de Aparecida – meio rural de Marau, e nas suas imediações. Depois, os assaltantes evoluíram para os crimes de roubo com uso de armas de fogo e com as famílias feitas refém. Ampliaram também a área de atuação, inclusive em outros municípios.

Conforme Daltro, a quadrilha estudava as propriedades e planejava os assaltos e, o uso de máscaras e luvas dificultou o trabalho de investigação. As vítimas eram surpreendidas e não esboçavam reação. Isso motivou um trabalho mais focado e ele e Marcos passaram a se dedicar exclusivamente a estes crimes. “O restante da DP ficou com toda a outra carga de trabalho e na operação de ontem se uniram a nós e conseguimos identificar todos”, explica Marcos.

O coração da quadrilha estava em Marau. Todos os presos são moradores ou nativos do município e muitos da região da Comunidade de Aparecida. São pessoas envolvidas nas investidas criminosas, na receptação dos objetos furtados, no transporte dos assaltantes e no cuidado das armas utilizadas. E chama atenção a quantidade de armas de grosso calibre apreendidas.  O número exato de armas bem como o número de objetos apreendidos ainda está sendo apurado e catalogado.

Foram 14 prisões, 11 pela manhã, uma ao meio-dia e duas em outras cidades. Os presos de Marau estão recolhidos no Presídio Regional de Passo Fundo. “Entregamos eles no presídio por volta da meia-noite, exaustos, cansados mas com a sensação do dever cumprido”, comenta Daltro. O trabalho agora, além de catalogar todas as armas e objetos apreendidos, é encerrar o inquérito policial, enviá-lo para o Poder Judiciário e aguardar a condenação dos assaltantes.

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