"No dia 18 de junho é celebrado o dia da PM Feminina para homenagear as mulheres que se dedicam diuturnamente na missão de servir e proteger a sociedade gaúcha." Essa é a explicação da data, conforme a corporação. Na história da presença feminina na instituição policial, inicialmente as mulheres da BM atuavam junto ao público feminino, idosos e crianças, no policiamento na rodovia, aeroporto e escolas, em atividades de trânsito, em shows e eventos esportivos. Em 1993 homens e mulheres passaram a desempenhar as mesmas funções que os homens e, em 1997 os cursos de formação foram unificados.

Os registros históricos apontam que Olmira Leal de Oliveira a foi a primeira mulher nas fileiras da Brigada Militar, em 1923 até 1932. Aos 21 anos de idade, Olmira - que atendia como Cabo Toco, devido ao fato de ter essa graduação e, também, a sua baixa estatura - foi recrutada como enfermeira e combatente no 1º Regimento de Cavalaria, hoje 1º Regimento da Polícia Montada, com sede em Santa Maria. Empunhando seu fuzil, lutou lado a lado com a mesma valentia dos demais soldados. A descrição está no site da Brigada Militar.

Ainda de acordo com os registros históricos, divulgados pela BM de Marau em grupo de comunicação com a imprensa, a primeira turma, composta por 10 mulheres, ingressou na Academia de Polícia Militar no dia 17 de fevereiro de 1986 para frequentar o Curso de Habilitação de Oficiais Femininas. No mesmo ano, também iniciaram os cursos de formação para Sargentos e Soldados.

No 3º Regimento de Polícia Montada, com sede em Passo Fundo, a primeira turma de PM Feminina, formada por 35 mulheres, ingressou em 29 de outubro de 1990 na Escola de Formação e Especialização de Cabos e Soldados em Porto Alegre, para frequentar o curso de formação. No dia 10 de agosto de 1991, após concluir o curso de formação, as policiais retornaram para Passo Fundo e participaram da solenidade de incorporação do 1º Pelotão Feminino à tropa do 3º RPMon, denominado Pelotão Feminino Ana Terra. Em Marau, atualmente, quatro mulheres fazem parte do Batalhão.

"O legado histórico das mulheres na BM foi construído com muita coragem e dedicação através da superação dos medos e preconceitos. Hoje, mulheres já integraram o alto escalão da instituição e o céu não é mais o limite para elas, pois a Capitã Mariana Tigik Hoffmann é a primeira mulher aviadora da Brigada Militar", diz parte da homenagem feita pela Brigada Militar às policiais mulheres.