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Operação da Polícia Civil contra corrupção é deflagrada em Canela

por Ana Lúcia Jacomini

Décima fase da Operação Caritas se concentrou na Secretaria Municipal de Turismo de Canela

Foto: Divulgação/PCRS

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Canela, deflagrou na manhã desta quarta-feira, 14/10, a 10ª fase da Operação Caritas, que investiga corrupção em parte do poder público da cidade. A ação cumpre, simultaneamente, 218 medidas judiciais principalmente em Canela, mas também em Porto Alegre, Marau e Tijucas, no Estado de Santa Catarina. Entre as medidas cumpridas, estão duas prisões preventivas, três afastamentos cautelares de servidores públicos, 29 mandados de busca e apreensão, mais de uma centena de quebras de sigilo, apreensões de cinco veículos, bloqueios de 10 contas bancárias, sequestro de dois imóveis, proibição de contratação com o poder público para 22 pessoas jurídicas e físicas, entre outras medidas.

Nesta 10ª etapa, a Operação Caritas se concentra na Secretaria Municipal de Turismo de Canela. De acordo com o Delegado Vladimir Medeiros, titular da Delegacia de Canela e responsável pela Operação Caritas, organização criminosa instalada na Secretaria Municipal de Turismo realizava contratações de empresas por inexigibilidade de licitações, as quais, após receberem os valores pagos pela Prefeitura Municipal em contratos, repassavam parte da quantia a agentes e servidores públicos da própria Pasta. A investigação policial apurou, inclusive, pagamentos diversos feitos diretamente na conta dos investigados ou aquisição de bens, como imóvel e veículo, por parte dos empresários contratados pelo Executivo Municipal para a realização de eventos na cidade. A Polícia Civil verificou, ainda, esquema ilegal em que empresários da região patrocinavam eventos e reformas em prédios públicos de Canela, realizando os pagamentos, no entanto, em contas particulares ou das empresas de que sócios ocultos os servidores, de modo a dificultar a fiscalização e controle sobre dos valores.

A investigação, iniciada em novembro do ano passado, apura, ao todo, a participação de 48 pessoas no esquema, sendo 27 físicas e 21 jurídicas, entre servidores públicos, empresas e empresários do ramo de turismo e eventos. Foram apuradas possíveis irregularidades em pagamentos e contratos que somam cerca de R$ 2.8 milhões.

Nesta manhã, foram cumpridas buscas em 29 endereços, sendo 26 deles em Canela, incluindo prédios públicos, como a Prefeitura Municipal e a Secretaria de Turismo, além de empresas e residências na cidade. Foram presos um ex-agente público lotado na Secretaria de Turismo e dois empresários do ramo de eventos. Outros três servidores públicos lotados na Secretaria Municipal de Turismo foram afastados cautelarmente de seus cargos. Foram apreendidos, ainda, cinco veículos, incluindo-se de alto padrão, avaliados, ao todo, em cerca de R$ 500 mil. São 22 pessoas físicas e jurídicas que também restaram proibidas de contratar com o poder público canelense pelo período de um ano, sendo todas elas ligadas ao ramo de turismo e eventos. Na ação, ainda foram bloqueados valores em 10 contas bancárias. O montante ainda não foi contabilizado.

Dois imóveis localizados em Canela foram sequestrados pela Polícia Civil, tornando-se indisponíveis. Um deles se trata de um apartamento avaliado em mais de R$ 1 milhão. Outro, uma casa, avaliada também em mais de R$ 1 milhão. Os dois imóveis, segundo investigação policial, pertencem a um ex-agente público anteriormente lotado na Secretaria de Turismo de Canela, tendo sido adquiridos ilicitamente. Ao todo, 90 policiais civis participaram da operação policial.

Fonte: Polícia Civil RS

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