Operação Centauro, do Gaeco, combate facção criminosa no Norte do RS
Ação do MP/RS foi desencadeada nesta terça-feira
Na manhã desta terça-feira, 03/12, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público - Gaeco, desencadeou na região a Operação Centauro. Na ação, foram cumpridos 14 mandados de prisão - nove deles foram para detentos que cumprem pena em três presídios do Rio Grande do Sul, e outros 29 mandados de busca e apreensão em Ronda Alta, Passo Fundo, Palmeira das Missões e Sarandi. Pelo menos cinco pessoas foram presas.
Conforme nota divulgada para a imprensa, o alvo da operação é um grupo criminoso que vinha atuando com tráfico de drogas, porte e posse de armas de fogo, homicídios, denunciação caluniosa e lavagem de dinheiro. Segundo o Gaeco, ao todo, 32 pessoas foram investigadas, das quais 25 tiveram as contas bancárias bloqueadas, incluindo laranjas. Uma dessas contas movimentou R$ 1,9 milhão em apenas quatro meses em 2022 e 2023.
A investigação teve início depois de pedidos de providências encaminhados ao Gaeco pela Corregedoria-Geral da Brigada Militar, que alertou sobre o fato de que PMs estavam sendo coagidos. Pessoas vinculadas à organização criminosa eram usadas para fazer falsos comunicados de delitos e infrações disciplinares contra os policiais militares. O objetivo, segundo o órgão, era prejudicar ações ostensivas, principalmente em pontos de tráfico da facção em Ronda Alta e região.
Em relação ao tráfico, a facção é vinculada a uma das maiores organizações criminosas do Estado, tem o comando dentro de presídios e se divide em vários núcleos. Um dos líderes é responsável por gerenciar diversos estabelecimentos comerciais usados como pontos de venda de entorpecentes. Um dos núcleos do grupo criminoso seria responsável pela movimentação financeira, lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
Segundo o promotor Manoel Antunes, coordenandor dos 6º e 7º Núcleos Regionais do Gaeco - Missões e Planalto, uma das práticas da organização é a movimentação fragmentada de valores. Dessa forma, depois de passar por várias pessoas físicas ou jurídicas, o dinheiro chega à cúpula da facção. A operação contou com os promotores Diego Pessi (que já atuou na Comarca de Marau), Rogério Caldas e Maristela Schneider, além do apoio da Brigada Militar e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).
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