Enquanto para muitas pessoas o período de Ano Novo é um tempo de comemoração, para outras a data é de grande sensibilidade. Pensando nessa demanda da sociedade, os Centros de Valorização à Vida (CVV) de todo o Brasil devem estender seus horários de plantão de atendimento às pessoas através do número 188. 

Segundo a coordenadora regional do CVV/RS, Cláudia Chaves Fortunato, o período de final de ano, principalmente, depois da pandemia, as pessoas estão muito fragilizadas. “Então, nessas datas, os voluntários se colocam à disposição além dos seus plantões normais”, explica, informando que são realizados “plantões extras para atender essa demanda durante essas datas de Natal e Primeiro do Ano”. 

Os voluntários, geralmente, dedicam quatro horas semanais aos atendimentos. De acordo com a coordenadora, essas horas adicionais acontecem “no intervalo, quando termina o atendimento, o voluntário que não tem plantão, ele vai lá e faz duas horas, três horas, dependendo da disponibilidade dele”. 

O atendimento estendido é uma forma de prevenir um aumento nas taxas de suicídios neste período do ano. “Para falar desses sentimentos de tristeza, de solidão, sempre vai ter um voluntário à disposição para acolher essa pessoa que liga para o CVV.” 

Cláudia também é voluntária do CVV e realiza atendimentos às pessoas que necessitam falar sobre suas emoções e desabafar sobre suas ansiedades com outra pessoa de confiança. Ela conta que inclusive o tom usado pelas pessoas muda neste período. “É tristeza, são as perdas, tanto de familiares, quanto de empregos, né, tudo o que ocorreu durante esses dois anos de pandemia.” 

Mas ainda há um outro tipo de conversa. “Muitas pessoas que ligam, também, não é só pelo fato da tristeza. É para agradecer e dar um feliz Ano Novo, um feliz Natal para aquele voluntário que está ali e se coloca à disposição para ouvir aquela pessoa que está ligando.” 

Ela finaliza com um destaque importante. “O número do CVV é 188. É uma ligação que pode ser feita de qualquer telefone. É uma ligação gratuita, totalmente sigilosa, sem julgamento.” 

Para ouvir a entrevista com Cláudia Chaves Fortunato, clique em 'ouvir notícia'. O botão com acesso para o áudio está localizado acima da foto.