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Cirurgia para tratamento de hérnia inguinal é realizada no HCR

por José Salvador Maculan

Procedimento foi realizado por videolaparoscopia de forma inédita no Hospital Cristo Redentor

Foto: Divulgação/HCR

Foi realizado no Centro Cirúrgico do Hospital Cristo Redentor na sexta-feira, 27/08, procedimento cirúrgico inédito na instituição: o tratamento cirúrgico para hérnia inguinal, via videolaparoscopia.  O procedimento foi realizado pelos médicos Diego Mattioni Maturana e Rafaela Lazzari Pietroski, profissionais da Gastro Clínica, sob os cuidados anestésicos do anestesiologista Olinto Adolfo dos Santos. 

As hérnias inguinais (localizadas na região da virilha), são pontos de fraqueza na parede abdominal que levam à protusão de estruturas locais. Elas podem ser de origem congênita, notadas logo após o nascimento, ou adquiridas ao longo da vida, o que é mais comum e ocorre principalmente entre homens. Conforme explica Maturana, “o paciente com hérnia inguinal queixa-se de abaulamento na região inguinal (nódulo na região da virilha) acompanhado de dor e desconforto quando a pessoa se levanta ou pratica alguma atividade física com dor local geralmente intensificada durante esforços físicos, como tossir, evacuar, praticar esportes, levantar objetos pesados, entre outros. Ao exame físico, percebe-se o abaulamento, que fica mais evidente quando o paciente aumenta a pressão abdominal”. 

 “O único tratamento é cirúrgico, uma vez que o conteúdo herniário tende a crescer progressivamente, possibilitando o encarceramento e o estrangulamento das vísceras abdominais, o que geralmente requisita cirurgia em caráter de urgência”, destacou o profissional. Desde meados dos anos 90, as técnicas cirúrgicas mais empregadas no tratamento das hérnias inguinais empregam uma tela sintética (polipropileno) para sua correção. Esta aplicação permite maior segurança na correção e reduz consideravelmente as chances de recidiva da hérnia. No entanto, recentemente a laparoscopia tem sido utilizada, uma vez que o procedimento cirúrgico é minimamente invasivo e permite uma recuperação mais rápida quando comparado às técnicas cirúrgicas convencionais, ou seja, aquelas realizadas através de um corte na região inguinal. 

Graças a essa técnica, a dor pós-operatória é menor, permitindo uma alta hospitalar precoce e o retorno às atividades físicas habituais em menor intervalo de tempo. Além disso, a incidência de infecção em ferida operatória é reduzida, já que técnica traz a mesma segurança que o tratamento cirúrgico convencional no que diz respeito à taxa reincidência da hérnia inguinal, que usualmente é baixa. O procedimento para tratamento da hérnia teve duração de cerca de uma hora e teve o auxílio da equipe de enfermagem do Centro Cirúrgico do HCR.

 

 

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