Hepatite: sintomas se manifestam em apenas 15% dos casos
Médico do HSVP dá orientações sobre a doença silenciosa
Foto: Reprodução/Canva
A hepatite é uma doença caracterizada por uma inflamação no fígado. Considerada um grande problema de saúde pública, pode ser causada por diferentes agentes, entre eles o uso excessivo de medicamentos, misturas de ervas para chás, álcool e drogas, menos frequentemente por herpes e citomegalovírus. Esses agentes atacam as células do fígado causando inflamação e alteração da função do órgão, com comprometimento da saúde da pessoa.
As hepatites A, B e C, que são as mais frequentes, possuem formas variadas de contágio. Na hepatite tipo A, a contaminação costuma ser orofecal, ou seja, quando uma pessoa ingere alimentos contaminados com resíduos fecais ou urinários de um paciente que possui hepatite. Nos tipos B e C, a contaminação pode ocorrer mais frequentemente na forma vertical, de mãe para filho na gestação, ou através de sangue e derivados contaminados, por meio do uso compartilhado de agulhas e instrumentos cortantes, além do contato sexual.
Em sua grande maioria, as hepatites não apresentam sintomas. Apenas 15% têm sinais clássicos como o amarelão na pele, urina escura, fezes claras, coceira pelo corpo e sensação de fraqueza, com cansaço e muita sonolência. “Na maioria das vezes, descobrimos a doença devido às suas complicações como hemorragia digestiva, barriga d'água, confusão mental e câncer. Quando isso ocorre é porque o fígado já está bastante machucado, precisando de um tratamento mais extremo que é o transplante hepático”, conta o Dr. Araby Nácul, médico gastroenterologista e hepatologista, integrante do Corpo Clínico do Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo.
Os tratamentos são realizados de diferentes formas. Na hepatite do tipo C, existe 96% de chance de cura, a partir do uso de medicamentos, praticamente sem efeitos colaterais, ao contrário do que ocorria no passado. No tipo B, o índice de cura é menor, mas o controle da doença pode ser feito com tranquilidade, com uso de medicamento diário, permitindo que
“Quando pensamos em prevenção, precisamos lembrar das formas de transmissão. Observando o histórico familiar, se há alguém com hepatite, fazendo exames específicos para detectá-las, mantendo exames de rotina. Não adianta fazer um check up básico e deixar os exames do fígado de lado. Também é importante os cuidados básicos, lavando bem as frutas, verduras e outros alimentos. Tendo seus materiais pessoais de higiene, como alicates de cutícula e lâminas de barbear sem compartilhamento, evitando uso de drogas, utilizando preservativo durante relações sexuais e acima de tudo, realizando a vacinação para os tipos A e B, já que para a hepatite C ainda não existe vacina”, finaliza o Dr. Araby.
*Imprensa HSVP
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