"Acendeu a luz vermelha" diz o administrador do HCR
Hospital Cristo Redentor de Marau não descarta o corte de serviços devido a
O administrador do Hospital Cristo Redentor, Sérgio Lunardi, participou da sessão da Câmara de Vereadores de Marau, na segunda-feira, 29/06. Ele apresentou números do Porto Atendimento - o serviço de urgência e emergência da casa de saúde e reforçou o caráter beneficente e filantrópico da entidade.
Segundo ele, de janeiro até o final de junho, foram realizados 18 mil atendimentos no Pronto Atendimento. Significa uma média de 3.200 atendimentos ao mês ou 105 por dia. A projeção para o ano de 2015, seguindo estes números, segundo Lunardi, chega a 38 mil atendimentos para uma população de cerca de 40 mil habitantes.
O detalhe, conforme o administrador, é que destes números, apenas 15% dos casos são efetivamente de urgência e emergência. O restante, nas palavras de Lunardi, são "consultas".
"Nós atendemos a todas as pessoas que procuram o Pronto Atendimento.É nossa função atender. Estamos lá 24 horas pra isso. A única coisa que pedimos é a paciência, a compreensão daquelas pessoas que buscam o pronto atendimento sem ser um caso de urgência e emergência."
Para tentar solucionar este desequilíbrio, Lunardi revela que o Pronto Atendimento do HCR deverá implantar, nos próximos dias, o atendimento a partir da classificação de risco. Trata-se de uma triagem que avalia os sintomas do paciente e determina, a partir do grau de emergência, o tempo em que a pessoa deve ser atendida. Ou o tempo que pode esperar pelo atendimento.
Lunardi confessa que a situação é preocupante também nas questões financeiras do Hospital Cristo Redentor. O HCR, a exemplo de outras casas de saúde filantrópicas, sente a queda no repasse de verbas por parte dos governos do Estado. Até o momento, houve equilíbrio devido aos convênios com os municípios e através de campanhas de arrecadação. Agora, segundo o administrador, “acendeu a luz vermelha”.
Durante esta terça-feira, 30/07, Lunardi esteve reunido com o coordenador regional de saúde, Douglas Kurtz. Entre as discussões está a possibilidade de cortes de serviços.
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