Nesta semana foi realizado nas dependências do hospital Cristo Redentor, a primeira  cirurgia para tratamento de obesidade e diabetes na cidade de Marau. A chamada cirurgia metabólica foi realizada em uma paciente feminina de 44 anos, com peso inicial de 119 kg e altura de 1,65. O procedimento chamado de Bypass Metabólico ou Incretinico foi realizado pela técnica de videolaparosocopia (realizando cinco pequenos furos no abdome) e teve a duração de 2 horas. A paciente tinha como principal doença um diabetes mellito tipo 2 , em uso de 3  de medicamentos por  via oral , além de insulina injetável e mesmo assim mantinha níveis glicêmicos fora das metas alvo. Já havia feito várias tentativas, sem sucesso de perda de peso e de controle da doença de base.

Segundo o médico Matheo Casagrande, responsável pelo procedimento, alguns fatores foram fundamentais para o sucesso do ato cirúrgico. Ele cita a modernização do HCR no seu setores de bloco cirúrgico e de enfermaria, além da permissão para que alguns equipamentos, principalmente de monitorização anestésica, pudessem ser trazidos pela equipe, para compor um dos grandes alicerces dessa técnica cirúrgica, que consiste numa  anestesia moderna chamada de "Opióide Free". Nesta técnica anestésica, o uso de medicamentos para dor chamados de opióides não são usados e sim substituídos, fazendo com que o paciente que é submetido a esse tipo de cirurgia acorde sem os paraefeitos dessas medicações como náusea, vômitos, retenção urinária, sonolência e, o mais grave de todos, a depressão respiratória.

Além disso, o médico explica que, a associação da técnica cirúrgica minimamente invasiva, por videolaparoscopia, associado a técnicas anestésicas Opioides Free, tempo cirúrgico curto, permitiram situações como paciente em 3 horas de pós operatório estar no quarto sentada, já tendo feito as primeiras sessões  fisioterapia  e tomando líquidos via oral, sem nenhum dreno, e sem necessidade nenhuma de tratamento intensivo.

Participaram do processo cirúrgico, os cirurgiões Matheo Casagrande e Ricardo Zanin, as  anestesistas Camyla Foresti e Daniele Dourado. Pelo setor de enfermagem: Clarissa Tramontina, Rosimar Cunha, Elça da Costa, Paula Almeida, Thalisse Tomé e Rosângela Isele. Equipe de apoio tecnológico: Jairo Marros e Sandro Gouveia.

No mês de março, a equipe formada pelo Dr. Matheo Casagrande, chamada CAD (Centro do Aparelho Digestivo) juntamente com Dr. Ricardo Zanin e com Dr. Milton Bergamo, iniciará seus atendimentos no Hospital Cristo Redentor, onde, além das cirurgias bariátricas e metabólicas estará desenvolvendo um trabalho voltado para tratamento de todas as afecções do trato digestivo, com enfoque nas doenças tumorais, visando o tratamento minimamente  invasivo por videolaparoscopia.