HSVP já realizou 45 transplantes em 2016
Hospital é referência no Estado
Foto: Divulgação/ hsvp
O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo traz em sua história de 98 anos, a causa da doação de órgãos. Ao receber um sim da família autorizando uma doação, vidas de pessoas que sofrem a angústia da espera por um órgão, são salvas. Este elo pela vida envolve equipes de profissionais nas mais diferentes áreas, que se doam e fazem a sua parte para que a doação e o transplante aconteçam, e mais histórias com final feliz possam ser contadas.
No capítulo dos transplantes, neste primeiro semestre de 2016, o HSVP registrou nove transplantes de rim, 12 de fígado e 24 de córneas, números estáveis quando comparados aos de 2015, quando foram registrados oito transplantes de rim, seis de fígado e 31 de córneas.
Roberto Galvan, 60 anos de Sananduva, foi um destes pacientes. Ele ganhou uma nova chance de vida através de um transplante de rim. A notícia de que havia um órgão para a realização do seu transplante foi recebida com emoção e muita alegria pela família, já que há mais de dois anos, Roberto realiza hemodiálise e diálise peritonial. “Quando fizemos esse tipo de tratamento ficamos presos a máquina, como se parte da nossa vida estivesse perdida.Agora com o transplante sinto que posso retomar essa parte e viver melhor, com mais qualidade ”, relata o transplantado, comentando ainda que após a alta hospitalar, precisará de alguns cuidados, mas que tem expectativa muito positiva sobre o transplante.
“Em função de complicações renais, na minha família eu já sou o terceiro a realizar um transplante. Os dados mostram que é um procedimento que melhora a vida de pacientes como eu, que dependia da hemodiálise e diálise. Então isso também me deixa tranquilo”, destaca Roberto, que recebe o apoio e cuidado da esposa Isolete Galvan.
Doação de órgãos e o elo pela vida
A nova chance de vida de Roberto foi possível graças ao sim da família de um doador. Gesto nobre, que o transplantado agradece. “É um gesto tão bonito, que nem sei como agradecer. Sei que talvez, essa família se conforte ao saber que uma vida continua graças ao sim pela doação. Acredito que a tendência é que as pessoas percebam cada vez mais a importância da doação de órgãos e apoiem esta causa”, enfatizou.
Nos primeiros seis meses de 2016, o HSVP captou 14 rins, seis fígados e 14 córneas e assim como nos transplantes os números se mantiveram estáveis, quando comparados com o primeiro semestre de 2015, onde foram captados 12 rins, cinco fígados, 2 pulmões, 14 córneas e um coração para válvula. Segundo a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) e a Organização por Procura de Órgãos e Tecidos (OPO), há alguns anos os dados de captação de órgãos vem se mantendo estáveis e a maior causa para não doação ainda é a negativa familiar. “Os familiares não tem dúvida em relação a como funciona a doação e sua importância, mas sim, sobre o ente querido não ter manifestado em vida seu desejo, o que acaba gerando dúvidas para a família”, relatam.
A única maneira de tornar-se doador é com autorização da família, por isso é tão importante que se converse sobre essa assunto e que o seu desejo seja transmitido aos familiares. “ Apesar de todo o sofrimento que a família está passando pela perda de um ente querido, eles precisam entender que, podem fazer o bem para outras pessoas que estão na fila por um transplante.Quando a doação é manifestada ou não em vida, a decisão se torna mais fácil para a família que está consternada pela perda”, esclarecem as equipes, enaltecendo ainda que com o objetivo de despertar a consciência coletiva, o HSVP realiza permanentemente a campanha Doe Órgãos - uma corrente pela vida, que faz um apelo para que as pessoas participem desta corrente pela vida, tendo a percepção da doação pela necessidade do ser humano e não apenas pelo sentimento da morte. Dúvidas e questionamentos podem ser sanados através do fone (54) 2103 4058 ou pelo email [email protected].
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