LIRAA/LIA: Coordenadoria Regional de Saúde realiza fiscalização em Marau
Baixar ÁudioLevantamento é feito quatro vezes ao ano, nos 62 municípios que compõem a 6ª CRS
Os 62 municípios que compõem a 6ª Coordenadoria Regional da Saúde, têm recebido a visita de agentes do LIRAA/LIA - Levantamento Rápido de índices para Aedes Aegypti. O trabalho é realizado quatro vezes ao ano e tem como principal objetivo medir o grau de infestação de cada cidade e os riscos de uma possível epidemia de dengue ou chikungunya.
Durante a passagem por Marau, o biólogo da Coordenadoria Regional da Saúde, Leonardo Seidler de Marchi, concedeu entrevista à emissora. Segundo ele, o LIRAA também serve como um agente fiscalizador do trabalho realizado pelo município, que é responsável pela vistoria nas residências e identificação de possíveis criadouros do mosquito. A expectativa de divulgação dos resultados da pesquisa é de 15 a 20 dias, de acordo com o biólogo.
O período de transição do frio para o verão é de grande importância para a realização do trabalho, considerando que o mosquito se desenvolve mais rápido no calor. Outro fator destacado por de Marchi, é em relação a estiagem. Normalmente nos anos em que há um período de seca, há também um maior número de casos de dengue, explica ele. Isso acontece porque a população se dedica ao armazenamento de água para futuras estiagens e, nem sempre, realiza o processo de forma adequada, ou seja, com o uso de telas e tampas em caixas d’água e utilização de cloro ou água sanitária.
Os anos de 2022 e 2023 registraram os maiores índices de casos de dengue no Rio Grande do Sul. Como explica o biólogo, o mosquito leva apenas sete dias para se tornar adulto e picar uma pessoa infectada. A transmissão ocorre no período de uma ou duas semanas e a descoberta da doença leva de 8 a 12 dias. Com isso, reforça ele, é possível a ocorrência de dezenas de casos em apenas um mês.
A entrevista completa com o biólogo Leonardo Seidler de Marchi está disponível no player de áudio da matéria.
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