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Marau confirma um caso de dengue

por João Pedro Varal Tartari

Confirmação veio do LACEN/RS e foi divulgada nesta sexta, 25/03

Foto: Divulgação/Fiocruz

Na manhã desta sexta-feira, 25/03, o Setor de Vigilância em Saúde de Marau divulgou à equipe de reportagem da Tua Rádio Alvorada a confirmação de um caso de dengue no município. O departamento já havia demonstrado preocupação com a doença em entrevista concedida à Tua Rádio na última segunda-feira, 21/03.

Na data, o município contava com dois casos em investigação, que estavam em análise pelo Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul (LACEN/RS). Segundo a coordenadora do Setor de Vigilância em Saúde, Lisiane Dallagnese, a situação é de uma infecção local, já que os casos são de “pessoas que não viajaram para fora do município, então é uma situação que nos preocupa bastante”.

“Sempre se falou que o estado do Rio Grande do Sul ou os estados do Sul não teriam Dengue em função do frio”, explica a enfermeira. Ela comenta, porém, que essa situação se alterou de uns anos para cá. “Esse vetor se modificou, ele se adaptou ao frio e, mesmo aqui no município, em situações de inverno rigoroso, foi encontrado água parada, em recipientes com água congelada, fazendo lâmina de gelo, e haviam larvas do mosquito viáveis.”

Lisiane também destaca que o ciclo de reprodução do mosquito é muito rápido. A larva leva de sete a dez dias para se transformar em um mosquito adulto e, caso o ovo não entre em contato com a água, ele ainda fica ativo por 450 dias, podendo eclodir e reiniciar o ciclo. Segundo a enfermeira, mesmo a preferência da fêmea do mosquito por água limpa e parada se transformou, porque “hoje ela já não está mais seletiva para isso: já foram encontradas larvas de mosquito em poças de barro, em latas de tinta”.

O trabalho de fiscalização e conscientização a respeito das formas de se prevenir a doença é feito pela Secretaria Municipal de Saúde, através da Equipe de Agentes de Combate a Endemias. Atualmente, o grupo conta com 60 profissionais passando pelas casas de marauenses.

 

Zona Rural

O Aedes aegypti é considerado um mosquito da cidade, especialmente por não haverem tantos casos de infecção com dengue, zika e chikungunya na zona rural. Segundo a bióloga e agente de combate a endemias Karina Maculan, essa é outra transformação pela qual o inseto vem passando.

“Meus pais moram no interior, [comunidade de] Nossa Senhora do Carmo, ali”, comenta. “E eu achei Aedes aegypti lá, coletei larvas, analisei e é do Aedes aegypti, ou seja, ele tá migrando também para a zona rural”.

Segundo ela, a principal orientação é com relação aos tambores de água para o gado, que devem ser esfregados uma vez por semana. Também é possível usar uma pedrinha de cloro para evitar a reprodução do mosquito.

 

Cuidados

A Equipe de Agentes de Combate a Endemias passou, recentemente, à coordenação da enfermeira Marinelva da Rosa. Segundo ela, as ações desenvolvidas pelo grupo dependem muito do envolvimento da comunidade.

“Para que seja, realmente, efetivado esse trabalho é necessário que as pessoas tenham a consciência de que aquela água parada na sua residência, seja num pote, na calha, vai ser um reservatório para que ocorra a proliferação” explica a coordenadora. Ela complementa dizendo que “se não for feito um abraço em conjunto, [a doença] pode avançar e se estender, aumentar muito os casos”. 

Ela é complementada por Karina, que reforça “que não conseguimos passar toda a hora na casa das pessoas, então não tem que esperar um agente de endemias passar para dizer os cuidados que tem que ter”. Segundo a bióloga, destinar uma atenção especial de 15 minutos por semana para conferir pátio, caixa d’água, bombona e outros possíveis locais de proliferação do mosquito é importante em todas as residências.

Um dos cuidados destacados pela bióloga é de não abandonar a piscina ao longo do inverno, seguindo com o tratamento com cloro para que o local não se torne criadouro. Também se deve tomar os cuidados realizados fora de casa no interior das residências, principalmente com vasos de plantas.

E, em caso de notar ovos ou larvas, a dica é clara: “usa o cloro, que é a maneira mais eficiente que a gente tá vendo para combater o foco”.


Você pode conferir a entrevista em vídeo no canal da Tua Rádio Alvorada no YouTube. O player também está disponível na página desta notícia, em destaque logo acima da foto. 

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio Alvorada

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