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Procedimento no HSVP pode reduzir 80% do volume dos nódulos da tireoide

por Rudimar Galvan

Técnica chamada Ablação é minimamente invasiva e não deixa cicatrizes

Técnica da Ablação trata somente o nódulo da tireoide e preserva todo o restante da função da glândula
Foto: Divulgação/Ana Paula Koenemann - Comunicação HSVP Passo Fundo

Preservar a tireoide e a sua capacidade adequada de produção de hormônios é o principal objetivo da Ablação realizada no Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo. O procedimento se tornou uma ótima opção para os pacientes com nódulos benignos ou bócios tireoidianos que querem evitar a cirurgia tradicional e o uso contínuo de medicamentos. 

Conforme o radiologista intervencionista Guilherme de Araujo Gomes, há cinco  anos, o tratamento de Ablação é aplicado para nódulos de tireoide no HSVP, mas em razão dos inúmeros benefícios a técnica está ganhando bastante destaque. “A Ablação é recomendada para nódulos benignos de diferentes tamanhos. O público-alvo são pacientes que têm nódulos grandes, muitas vezes até palpáveis e visíveis, e que sofrem com alterações estéticas e também com sintomas de rouquidão e dificuldade para deglutir.

Através do procedimento obtemos uma redução gradativa de cerca de 80% do volume do nódulo ao longo de 3 meses. A taxa de sucesso pode ser ainda maior se pensarmos no período de 6 meses”, disse o médico. Desde 2014 a Ablação também é realizada no Hospital São Vicente de Paulo para o tratamento de tumores no fígado, ossos, rins, pulmão e para miomas uterinos. O método consiste no aquecimento ou congelamento do tumor por meio da colocação de uma fina agulha na área a ser tratada, de forma rápida e minimamente invasiva.

“Nós utilizamos uma agulha, guiada por meio de ultrassom ou tomografia para fazer a destruição do centro do nódulo. No caso da tireoide, a queima acontece por meio de uma corrente de radiofrequência, fazendo uma espécie de cauterização dos vasos que irrigam esse nódulo”. O Dr. Guilherme explicou que o paciente que opta pela Ablação faz o procedimento de forma ambulatorial e pode ir embora no mesmo dia. “Com o tratamento é possível obter a resolução dos sintomas, reduzindo o tamanho dos nódulos e consequentemente corrigindo possíveis alterações estéticas decorrentes do bócio tireoidiano.

A técnica é pouco dolorosa e o paciente sente apenas um leve desconforto. Além disso, ela não deixa cicatrizes e o pequeno edema que fica já desaparece na primeira semana”. Uma das maiores vantagens da Ablação é que ela vai tratar apenas o nódulo e preservar todo o restante da função da tireoide, que é um órgão muito importante para a regulação do metabolismo do organismo do paciente.

“É uma opção terapêutica, pois a ressecção cirúrgica tradicional desses nódulos pode ocasionar a retirada de 50 a 100% da extensão da glândula tireoide. Isso resultaria em uma insuficiência tireoidiana que é a limitação da capacidade de produção adequada dos hormônios pela tireoide e até, em alguns casos, a perda total que deverá ser compensada pela reposição hormonal por meio do contínuo de medicamentos”, relatou o radiologista intervencionista.

*Informações: Comunicação HSVP Passo Fundo

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