Oncologista explica o que é o tratamento com imunoterapia
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Foto: Reprodução/Canva
Um medicamento já aprovado pela Anvisa surpreendeu a comunidade científica ao fazer desaparecer o câncer colorretal em 100% dos pacientes submetidos ao tratamento. O teste que validou a pesquisa, segundo publicação da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, partiu de um pequeno grupo de 12 pacientes com câncer retal. Neles, os pesquisadores aplicaram localmente um anticorpo monoclonal chamado dostarlimab. Conforme o oncologista Alex Seidel, do Centro de Tratamento do Câncer – CTCan de Passo Fundo, o medicamento está incluso no processo de tratamento denominado de imunoterapia, que já é utilizado no Brasil.
O médico relata que vários pacientes do CTCan já fazem uso da técnica da imunoterapia, que é aprovada para alguns tipos de câncer de pele, de pulmão e alguns tipos de câncer de mama, por exemplo. São seis ou sete medicamentos, explica Seidel, de diferentes laboratórios, que são classificados como tratamento de imunoterapia. "O câncer é inteligente e a imunoterapia é ser mais inteligente que ele, dizendo para o corpo que aquela célula é maligna: vai lá e mata ela", exemplifica ele.
Para os remédios à base da imunoterapia ainda não há cobertura do SUS –Sistema Único de Saúde, o que dificulta o acesso dos pacientes por ser um tratamento de alto custo, na faixa de R$ 30 mil reais por aplicação. Apesar do anúncio do novo medicamento significar esperança, o médico reforça a importância da busca pelo diagnóstico precoce com a realização de exames periódicos. "O câncer, quando começa a dar sintoma, quer dizer que já é uma situação mais avançada", afirma o oncologista. Ele também coloca a alimentação saudável e a prática de atividade física como fatores importantes para a prevenção do câncer.
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