Entenda a “reforma psiquiátrica” e como ela pode ajudar as pessoas
Psicólogas especializadas em saúde da família, falaram sobre o assunto na Tua Rádio Alvorada
Foto: Camila Mendes / tuarádio
Movimento que teve início há alguns anos e que tem por finalidade defender os direitos humanos das pessoas portadoras de transtornos mentais, a Reforma Psiquiátrica ganha cada vez mais espaço entre os profissionais da saúde e na própria rede pública de saúde. A reforma está intimamente ligada à Luta Antimanicomial, iniciada no final dos anos 80 com objetivo de fomentar um novo modelo de tratamento, que evite o isolamento e a internação. Para se ter uma ideia, o lema do movimento é “por uma sociedade sem manicômios",
As psicólogas Roberta Brizola, Marina Lazareto e Fabiana Schneider, profissionais da Secretaria da Saúde de Marau, falaram sobre o tema na programação da Tua Rádio. Elas lembraram que o dia 18 de maio é considerado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, data comemorada em todo o país já que a Reforma Psiquiátrica é uma política reconhecida pelo governo brasileiro, pela Organização Pan-Americana de Saúde e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo elas, mais do que denunciar os manicômios como instituições de violências, a Luta Antimanicomial propõe a construção de uma rede de serviços e de estratégias de atendimento aos pacientes.
Conforme as psicólogas, lidar com transtorno mentais é algo complexo e várias questões precisam avançar neste caso inclusive, o uso excessivo de medicamentos – caso verificado em Marau. O assunto foi tratado há poucos dias, na Conferência Municipal da Saúde, onde dentre as estratégia apontadas, dentro da temática da saúde menta, está o fortalecimento do CAPS – Centro de Apoio Psicossocial e a capacitação dos profissionais da rede de saúde da família, que muitas vezes são o primeiro contato das pessoas que possuem algum transtorno mental.
Levantamento divulgado pelas profissionais é de que entre 75% e 85% das pessoas que possuem doenças mentais, não tem acesso a tratamento adequado no Brasil, o que acaba forçando a hospitalização. Ouça a entrevista no player de áudio.
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