O mel é um alimento muito utilizado, principalmente pelas pessoas que desejam diminuir o consumo do açúcar industrializado. Mas quais benefícios ele traz para a nossa saúde? A nutricionista Dra. Ana Daniela Carnieletto respondeu algumas dúvidas em entrevista à Tua Rádio Alvorada. 

Primeiramente, quanto ao sabor do mel, alguns fatores que fazem a diferença são as próprias abelhas e solo e a floração em que elas se encontram. O mel de laranjeira, por exemplo, é produzido onde a criação de abelhas está próxima a uma plantação de laranjeiras.  

Quais os benefícios do Mel?

O mel é constituído em 70% por glicose e frutose, que são os açúcares retirados das flores pelas abelhas. Elas são ingeridas mais lentamente e por isso não aumentam tanto os açúcares no sangue. Além disso, o mel possui diversos minerais como cálcio, magnésio, ferro, cobre, manganês, zinco, entre outros, e possui em sua formação o complexo vitamínico B, com vitaminas como a B6, por exemplo. O mel também é um grande energético, podendo ser inserido nas dietas no lugar dos carboidratos quando a intenção for ter mais energia.

O mel é melhor do que o açúcar?

Essa é uma pergunta recorrente quanto à substituição do açúcar pelo mel, e a resposta é sim! O mel, além de multivitamínico possui também antioxidantes, que servem para diminuir o surgimento dos chamados radicais livres, os responsáveis pelo nosso envelhecimento. Ele também é eficiente para prevenir e reduzir doenças cardiovasculares. Outro fator importante é que o potencial adoçante do mel é maior do que o do açúcar, ou seja, ele adoça mais que o açúcar, fazendo com que as quantidades ingeridas sejam menores.

Quem não pode consumir o mel?

Apesar de uma melhor alternativa em alguns casos, a substituição do açúcar pelo mel não é regra. Os diabéticos, por exemplo, devem lembrar que o mel também possui glicose, portanto seu uso deve ser analisado levando em consideração o nível de glicose do paciente. As crianças menores de 1 ano também não devem consumir mel. De acordo com o informe nº37 da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, as crianças não devem consumir mel antes de completar 1 ano pois estas ainda não desenvolveram completamente a flora intestinal, e o mel pode conter toxinas botulínicas, que prejudicam o desenvolvimento cerebral das crianças, causando doenças e problemas de saúde. Para as gestantes, o consumo do mel é liberado.