Falar em suicídio é sempre um grande desafio. Escrever esta pauta, também. Mas, segundo os especialistas, falar é a melhor coisa a ser feita. Conforme o médico psiquiatra marauense, Eduardo Mello, há uma ideia construída dfe que quando a pessoa ouve falar em suicídio ela entende que isso vai aumentar a chance de pessoas atentarem contra a própria vida - ouça no player de áudio. Segundo o psiquiatra, isso já é uma coisa “superada e errônea”, uma vez que nos dias atuais se falar em suicídio é uma forma do profissional desta área entender melhor o seu paciente que ainda encara isso como um grande tabu em sua vida.

Quando esse paciente consegue encontrar alguém de confiança que lhe entenda e que possa falar sobre seu sofrimento ele terá outro entendimento sobre o suicídio. Foi dentro deste espírito, inclusive, que surgiu no Brasil o “Setembro Amarelo”. Uma campanha que busca conscientizar sobre a prevenção ao suicido. Mundialmente este trabalhando vendo realizado há mais tempo pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio.  No Brasil é algo bem recente.  Iniciou em 2014 através do Centro de Valorização da Vida,  do Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Psiquiatria.  O  Slogan “Falar é a melhor solução”  ajudou a milhares de pessoas a pensar e agir de forma diferente.

Falar é a solução nos mostra claramente o que aconteceu no passado com outras doenças. O câncer, a AIDS e muitas outras doenças sexualmente transmissíveis eram rodeadas de tabus e os números das vitimas aumentavam cada vez mais.  Muitos especialista afirmam que foi necessário um tremendo esforço coletivo para quebrar esses tabus, falando intensamente sobre o assunto.  E graças a iniciativa de falar, de esclarecer, de conscientizar e estimular a prevenção que este cenário “assustador”  pode, enfim, ser revertido. 

Agora  os especialista querem concentrar toda essa experiência em cima da realidade do suicídio que infelizmente continua sendo visto e sentido como  grande tabu.  Eles esperam que o slogam “Falar é a solução possa fazer “éco” por muito tempo. Quem sabe assim possamos reverter também  os suicídios.  

Segundo alguns estudos, de cada dez suicídios, nove poderiam ter sido evitados com a realização de diagnósticos e tratamento corretos dos transtornos apresentados pelos pacientes.

OS DADOS SÃO PREOCUPANTES
- Todo ano registram-se cerca de 10 mil casos de suicídio no Brasil e mais de 800 mil no mundo;

- No Brasil a cada dia 32 pessoas cometem o suicídio;

- E os números só tendem a aumentar, estima-se que até 2020 a incidência de mortes por suicídio aumente em até 50%

- A  Comunidade Científica também nos informa que a “probabilidade” de tentar o suicídio é “duas a três  vezes” superior nas mulheres, enquanto os homens apresentam uma “probabilidade quatro vezes maior de o consumarem;

- Conforme a Organização Mundial da Saúde – OMS – o Brasil está em “oitavo” lugar dentre os países com maior número de suicídios, atrás da  Índia, China, EUA e Rússia.