Cinomose: sintomas, contágio e prevenção
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Foto: Reprodução/Ajuda Patinhas Marau
Um alerta para tutores de cães tem sido acionado nos últimos dias, devido a casos de cinomose registrados em animais de Marau. A doença é de alta contaminação e pode gerar graves complicações para a saúde de animais não vacinados, podendo inclusive resultar em morte.
Em conversa com a Tua Rádio Alvorada, a médica veterinária, Carolina Geraldi, responsável pelo programa Marau Cuida Pet, relembrou alguns dos principais sintomas da doença. Segundo ela, a cinomose é dividida em quatro fases: respiratória, gastrointestinal, neurológica e tegumentar. Essas complicações podem aparecer de forma isolada ou combinada. Entre os sintomas mais comuns está a secreção ocular e nasal, casos de pneumonia e feridas na pele.
Contágio
Os cães são os únicos animais domésticos acometidos pela cinomose, ou seja, gatos, pássaros, entre outros, não correm o risco de infecção em caso de contato com um animal doente. Humanos também não correm o risco de contrair a doença.
O contágio se dá principalmente pelo contato com fezes, urina e secreção respiratória do animal infectado. Esse contato pode ser direto ou indireto, através de locais pelos quais os cães passaram ou até mesmo pelo contato humano. Como explica Carolina, mesmo não contraindo a doença, os tutores podem levar o vírus até o animal, caso entrem em contato com um cão infectado.
Filhotes e idosos são os mais vulneráveis a doenças, porém, qualquer cachorro está propenso ao contágio.
Prevenção
A vacina é o principal meio de prevenção. Ela é aplicada a partir dos 45 dias de vida do animal, com intervalo de 21 a 30 dias entre uma dose e outra. O esquema vacinal compreende três doses da vacina polivalente, sendo que o animal só estará protegido após o intervalo de 30 dias da aplicação da última dose.
Além da vacinação, explica a Carolina, o tutor pode tomar outros cuidados para evitar o contágio. Não realizar passeios com filhotes e evitar o contato com outros animais nos primeiros dias de vida é essencial. A orientação principal é esperar a aplicação de todas as doses da vacina para exposição do animal.
Os tutores podem, ainda, reforçar os cuidados de higiene ao chegar em casa e principalmente antes de tocar em animais. Higienizar as mãos e o calçado são algumas das alternativas.
Tratamento
Não existe um tratamento específico para cinomose, o que os médicos veterinários realizam é o tratamento dos sintomas. Em caso de suspeita de infecção, os tutores devem procurar por atendimento veterinário e evitar que o animal entre em contato com outros cães.
O Programa Marau Cuida Pet realiza o atendimento gratuito para famílias que se enquadram nos requisitos do programa. Nesse caso, é aconselhado que o tutor entre em contato com a equipe, através do (54) 9 9693-5397 para avaliar a melhor forma de abordagem. O mesmo número de telefone e whatsapp é utilizado para esclarecimento de dúvidas e atendimentos em geral disponibilizados pelo programa.
Ajuda Patinhas Marau
Entre os animais em tratamento contra a cinomose em Marau, está uma cachorrinha resgatada pela ONG Ajuda Patinhas. Ela é parte da população de rua de Marau e não possui nenhuma vacinação. (trata - se da cachorrinha da foto que ilustra essa matéria)
No início desta semana, as voluntárias do Ajuda Patinhas realizaram uma postagem de apelo à população. A ONG precisa de ajuda para custear o tratamento. No momento, a cachorrinha está internada no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, mas receberá alta ainda nesta semana.
Quem deseja contribuir pode realizar doações em dinheiro através da chave PIX: CNPJ - 30.257.089/0001-37. Além do custeio do tratamento, a ONG necessita de um lar temporário, para que a cachorrinha doente possa seguir com a medicação sem correr o risco de uma nova infecção.
No caso do lar temporário, explica Nice Azevedo - uma das voluntárias do Ajuda Patinhas - é importante o isolamento do animal em tratamento para que não haja risco de transmissão da doença a outros cães.
Também é possível entrar em contato com o Ajuda Patinhas através da página da ONG no Facebook.
A entrevista completa com Carolina Geraldi, está disponível no player de áudio da matéria!
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