Obesidade Infantil não: Excesso de peso é o principal gatilho do diabetes
Nesta segunda - feira, 14, comemora-se o Dia Mundial da Diabetes
Cerca de 90% dos diabéticos têm o tipo 2, o mais fortemente associado aos hábitos de vida. “Classicamente, se explica o grande número de casos do diabetes pelo aumento da incidência da obesidade. E a obesidade está relacionada ao binômio: comemos mais e gastamos menos”, afirma o endocrinologista Amélio Godoy Matos, chefe do Serviço de Metabologia do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE), do Estado do Rio de Janeiro.
Ainda que haja o fator genético na obesidade, é o ambiente que exerce maior influência, especialmente a alimentação, o sedentarismo e o estresse crônico. Por isso é tão importante cuidar da alimentação das crianças desde bem cedo. Quanto mais pais, pediatras e endocrinologistas se anteciparem e trabalharem em parceria para evitar ou reverter a obesidade na infância, melhor. Crianças obesas têm alto risco de diabetes tipo 2.
25% das crianças que têm obesidade cedo, por volta dos 5 anos de idade, possui alguma mutação em um dos seis genes relacionados ao ganho de peso, o que dificulta o tratamento. Para alguns casos, existe medicação específica, para a maioria, não. Felizmente, essas situações não são maioria. E as melhores armas para prevenir a obesidade e o diabetes continuam sendo uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas.
Principais fatores de risco:
- Peso acima do ideal.
- Vida sedentária.
- Ansiedade e estresse.
- Diagnóstico de pré-diabetes, isto é, diminuição da tolerância à glicose ou glicose de jejum alterada em exame laboratorial.
- Pressão alta.
- Colesterol e triglicerídeos elevados.
- Parente de primeiro grau com diabetes.
- Diabetes na gestação ou parto de bebê com peso superior a quatro quilos.
- Síndrome de ovários policísticos, depressão e outras doenças psiquiátricas.
- Apneia do sono (paradas respiratórias durante o sono, associadas ou não ao ronco).
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes
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