Marau possui 18 casos confirmados de dengue e outros 18 em análise
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Marau possui 18 casos positivos de dengue e 18 em análise, segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, nesta quinta-feira, 13/04. Todos eles são autóctones, ou seja, contraídos dentro do próprio município.
De acordo com a enfermeira responsável pelo setor de Ações em Saúde de Marau, Fernanda Garbin, a tendência é que esse número aumente. A ação inicial da Secretaria, que deve ser seguida pela população, é a de intensificar as medidas de combate aos criadouros. Evitar o acúmulo de água parada segue sendo a principal orientação. (Confira abaixo a lista completa de instruções, de acordo com o Ministério da Saúde).
Ainda segundo Fernanda, cabem outras formas de prevenção, como por exemplo, o uso diário de repelente. A enfermeira explica que além de usar o produto, é necessário estar atento às instruções de tempo para reaplicação, que podem variar dependendo do fabricante. O uso do repelente é recomendado mesmo em dias de frio onde o corpo é coberto pelas roupas, uma vez que alguns tecidos não são suficientes para barrar a picada do mosquito. O produto pode, inclusive, ser borrifado em cima das peças.
Sintomas
Estar atento aos sintomas também é uma forma de prevenção. Para casos em fase inicial de dengue é comum que o paciente apresente sintomas como: febre alta (38°C - 40°C), dor de cabeça e manchas avermelhadas pelo corpo (muito parecido com uma alergia). Esses, destaca Fernanda, são sintomas típicos, porém, é possível que em alguns casos a pessoa infectada tenha uma reação mais leve à doença e não apresente sintomas.
No caso de pessoas já infectadas, o uso do repelente é essencial para evitar a infecção de mosquitos ainda não ativos para a doença.
Fase crítica da dengue
Para pessoas que já receberam a confirmação da doença, vale um alerta maior sobre os sintomas. Como explica Fernanda, a chamada “fase crítica” é o momento de maior agravamento da doença, que atinge cerca de 20% dos infectados e aumenta o risco de óbito.
Os sintomas são os seguintes: dor abdominal constante, vômitos (várias durante o dia), queda de pressão, desmaios e sangramento - caracterizado por manchinhas roxas na pele. Nessa fase, o paciente não apresenta estado febril. Na ocorrência de qualquer sintoma a pessoa deve procurar a emergência do hospital para inicio do tratamento de hidratação.
Se tomadas as medidas corretas, destaca Fernanda, as chances de óbito diminuem significativamente. Segundo ela, a letalidade é de 1%, dentro dos casos que atingem algum nível de agravamento.
Prevenção e eliminação dos criadouros do Aedes Aegypti
O Aedes Aegypti é um mosquito doméstico de hábitos diurnos, que vive dentro ou ao redor de domicílios ou de outros locais frequentados por pessoas, como estabelecimentos comerciais, escolas ou igrejas, por exemplo. O portal do Ministério da Saúde traz uma série de atitudes que ajudam a eliminar os principais tipos de criadouro do mosquito:
-Retirar folhas ou outro tipo de sujeira que pode gerar acúmulo de água nas calhas.
-Guardar pneus em locais cobertos.
-Guardar garrafas com a boca virada para baixo.
-Realizar limpeza periódica em ralos, canaletas e outros tipos de escoamentos de água.
-Limpar e retirar acúmulo de água de bandejas de ar-condicionado e de geladeiras.
-Lavar as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova/bucha.
-Jogar as larvas na terra ou no chão seco.
-Para grandes depósitos de água e outros reservatórios de água para consumo humano é necessária a presença de agente de saúde para aplicação do larvicida.
-Utilizar areia nos pratos de vasos de plantas ou realizar limpeza semanal.
-Retirar água e fazer limpeza periódica em plantas e árvores que podem acumular água, como bambu e bromélias.
-Guardar baldes com a boca virada para baixo.
-Esticar lonas usadas para cobrir objetos, como pneus e entulhos.
-Manter limpas as piscinas.
-Guardar ou jogar no lixo os objetos que pode acumular água: tampas de garrafa, folhas secas, brinquedos
-Em recipientes com larvas onde não é possível eliminar ou dar a destinação adequada, colocar produtos de limpeza (sabão em pó, detergente, desinfetante e cloro de piscina) e inspecionar semanalmente o recipiente, desde que a água não seja destinada a consumo humano ou animal. Importante solicitar a presença de agente de saúde para realizar o tratamento com larvicida.
A entrevista completa com a enfermeira responsável pelo setor de Ações em Saúde de Marau, Fernanda Garbin, está disponível no player de áudio da matéria.
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