Médico explica o Julho Verde, conscientização sobre câncer de cabeça e pescoço
Foto: Divulgação/HCR
O Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço é celebrado no dia 27 de julho. A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), que vem há 50 anos buscando a prevenção e tratamento da doença, promove durante todo este mês atividades de conscientização e informação no combate a este tipo de câncer. De acordo com o médico otorrinolaringologista, Erik Xavier, os tumores de cabeça e pescoço são uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões da boca, língua, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireoide e seios da face.
Segundo ele, o objetivo da Campanha Julho Verde é conscientizar as pessoas sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço que está diretamente relacionado ao tabagismo, ao alcoolismo e ao papiloma vírus (HPV). O médico explica que um dos principais problemas para o tratamento, é o diagnóstico tardio, que ocorre em 60% dos casos, deixando sequelas no paciente. Segundo levantamento do Inca (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de boca, de laringe e demais locais é hoje o segundo mais frequente entre os homens, atrás somente do câncer de próstata. Nas mulheres, o câncer da tireoide é o mais prevalente, sendo o quinto câncer mais comum entre elas.
O Brasil registra a cada ano cerca de 40 mil novos casos desses tumores malignos, de acordo com o Inca. Os números correspondem a 4% de todos os tipos da doença, sendo terceiro mais incidente entre os homens brasileiros. No Brasil, o câncer de boca chega a ser o 3º tipo de tumor mais frequente em algumas regiões, ocorrendo 7 vezes mais em homens do que em mulheres. Dr. Erik alerta que o tabagismo está relacionado a 97% dos diagnósticos de câncer de laringe. O álcool, associado ao fumo, aumenta o risco em 10 vezes para câncer nessa região.
O profissional explica ainda que, os tumores de cabeça e pescoço podem ser assintomáticos no princípio da doença. O diagnóstico das lesões iniciais é fundamental para garantir que os índices de cura se aproximem a 100%, segundo ele. Com o seu desenvolvimento, alguns sinais e sintomas podem aparecer, como manchas brancas na boca, dor local, lesões com sangramento ou cicatrização demorada, nódulos no pescoço, mudança na voz e rouquidão, e dificuldade para engolir.
Fonte: Assessoria de Imprensa do HCR
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