A emissora tem recebido reclamação de ouvintes acerca de uma possível dificuldade em retirar fichas de atendimento nas Estratégias de Saúde da Família. O tema motivou uma conversa com Douglas Kurtz, titular da Secretaria Municipal da Saúde. A dúvida da população é se há falta de médicos no município. Para a emissora, o secretário explicou que, na verdade, a demanda por consultas triplicou em janeiro e fevereiro por conta da onda de casos de covid-19. A situação está começando a normalizar, segundo ele, tanto que a ala covid deverá ser desativada nesta semana.

Kurtz confirmou haver pelo menos um profissional em cada ESF e que não houve mudança na quantidade de fichas distribuídas, exceto em situação onde há médicos em férias, como ocorre todos os anos. Em bairros onde a demanda é maior, são dois profissionais médicos que atendem a população, reforça Kurtz. Ele explica não haver possibilidade, no momento, de aumentar o número de fichas de 10 consultas por dia para cada profissional, devido ao limite da capacidade de atendimento.

Conforme o secretário, já há pelo menos três anos que o total de consultas médicas por mês fica na faixa de sete mil. Contando os demais atendimentos feitos nos postos de saúde, esse número chega a 15 mil e, ainda, somando as consultas feitas no setor de emergência - na faixa de três mil por mês - e os atendimentos noturnos, chega-se a um total de 25% da população recebendo atendimento mensal na rede pública. Olhando para esses dados, Douglas reforça a importância da racionalidade no uso do sistema.

Ainda de acordo com o secretário, o modelo de agendamentos pelo fone 156 tem funcionado. O atendimento inicia às 6h da manhã já com pico de telefonemas o que, por vezes, pode congestionar as linhas. O secretário revela que já está em processo adiantado o projeto para duplicar o número de atendentes do sistema 156 e solucionar essa questão.