Todos os dias, surgem nas redes sociais novas formas de se emagrecer ou soluções milagrosas para se ganhar massa muscular. Muitas dela não funcionam e, inclusive, podem ser prejudiciais para a saúde de quem as pratica. 

Uma dessas novas promessas é o exercício físico em jejum. Jejum é o nome dado ao tempo em que se fica sem ingerir nenhum alimento ou bebida. Para o educador físico Benhur Soares, muitas das informações que são passadas a respeito da prática é “tipo receitas de vizinho”, podendo ser falsas e, inclusive, perigosas. 

“Já foram feitos alguns estudos em relação a isso, e se entende que há uma mobilização das reservas de gordura que estão presentes no nosso corpo em prol de tentar manter as funções ativas”, comenta. Mas, segundo o professor, apesar de a prática parecer interessante em um primeiro momento “por outro lado existem estudos que já disseram o contrário disso - que não, necessariamente, você tem que estar em jejum para que você queime calorias”. 

Ele também completa dizendo que “algumas pessoas podem se sentir muito bem dessa forma, outras pessoas não se sentem bem”. Desmaios, náuseas, ânsia de vômito frequente, tontura e mal estar são alguns dos sintomas. 

Para Ben Hur, a melhor decisão ao se iniciar uma atividade física é buscar um profissional da área de Educação Física, que é quem pode ajudar a ajustar cargas de treinamento. “De repente seu corpo apresenta certo lastro físico que você já pode fazer atividades em jejum que são interessantes e que não vão surtir nenhum efeito negativo”, completa. 

Ele reforça que nenhum organismo é igual ao outro. Ou seja, não necessariamente o que funcionou para uma pessoa vai funcionar para você.