Anorexia: uma doença que merece atenção
A anorexia é um distúrbio de imagem, no qual o paciente não consegue aceitar seu corpo da forma como ele é, ou tem a impressão de que está acima do peso em níveis acima da realidade. Isso pode levar a um quadro de ansiedade, que faz a pessoa buscar maneiras bruscas de perder peso rapidamente. Elas podem abusar de dietas ou exercícios, ou usar outros métodos para emagrecer.
De acordo com o Psiquiatra, Carlos Eduardo Gavioli, o tema é bastante abordado, porém é muito complexidade e por isso a dificuldade de ser tratado já que envolve muitas outras coisas. “Geralmente o paciente que tem anorexia ele tem por trás alguma outra patologia psiquiátrica, como a ansiedade, a questão depressiva, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno bipolar e outros tipos de patologias”, explica.
“Para as pessoas que tem anorexia, falar em ganhar peso é algo horrível, que deixa a pessoa em pânico. Então a pessoa faz de tudo para não ganhar peso. Normalmente os pacientes se olham no espelho e vem uma imagem de uma pessoa obesa, o que na realidade não existe”, comenta o psiquiatra.
Os principais sintomas apresentados por uma pessoa com anorexia é:
- Sentir medo enorme de engordar ou ficar acima do peso ideal, mesmo quando a pessoa está abaixo do peso normal;
- Recusar-se a manter o peso que é considerado normal ou aceitável para sua idade e altura;
- Imagem corporal muito distorcida, ser muito focada no peso ou na forma corporal e se recusar a admitir a gravidade da perda de peso;
- Exercitar-se o tempo todo, mesmo quando o clima está ruim, a pessoa está machucada ou ocupada;
- Ir ao banheiro imediatamente após as refeições;
- Recusar-se a comer perto de outras pessoas;
- Usar comprimidos para urinar (diuréticos), evacuar (enemas e laxantes) ou reduzir o apetite (comprimidos para perda de peso).
O maior desafio no tratamento da anorexia é fazer a pessoa reconhecer que tem uma doença. A maioria das pessoas com anorexia nega que tem um distúrbio alimentar. Em geral, as pessoas somente começam um tratamento quando a doença já atingiu seu estado grave.
“O tratamento é multidisciplinar, porém é muito difícil porque engloba não só a questão daquela pessoa. Engloba família, engloba profissionais da área médica. Os tratamentos que hoje em dia são mais eficazes são as terapias. Elas garantem mais resultado”, explica Carlos.
Confira a entrevista completa no player de áudio.
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