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Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul vai atuar de forma permanente no combate ao suicídio

por Flavio Webber

Uma das ações é a formação de profisisonais para atuar na prevenção

Foto: Divulgação

A Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul (APRS) criou o Comitê de Prevenção do Suicídio da APRS, que atuará de forma permanente. Focada na formação de profissionais para agir de forma assertiva diante do problema. No dia 13, ocorre debate de artigos para a prática cotidiana, com revisão da literatura sobre comportamento suicida e prevenção do suicídio. Já nos dias 6 e 13, 20 e 27 de outubro, ocorre a capacitação “Ajudando pessoas com comportamento suicida e autolesivo”, voltado a profissionais de saúde do Estado.

As atividades pretendem disseminar informações que ajudem a diminuir os tristes índices do gesto de autodestruição. O mal leva um brasileiro à morte a cada 45 minutos, sendo registrados seis suicídios a cada 100 mil habitantes. Nessa amarga estatística, o Rio Grande do Sul aparece com a maior taxa, atingindo 10,4 mortes a cada 100 mil habitantes, conforme dados de 2014 do Ministério da Saúde. Há cidades gaúchas que superam 50 óbitos a cada 100 mil habitantes, equiparando-se à maior taxa mundial, da Guiana, de 44,2/100 mil habitantes. O Vale do Taquari, Vale do Rio Pardo e Vale do Jacuí concentram as maiores taxas de suicídio.

Os profissionais do Comitê de Prevenção do Suicídio apontam que ele é evitável se a doença mental é diagnosticada há tempo. “Prevenir é tratar a doença mental, reduzindo o estigma, dando ouvidos ao paciente e encaminhamento aos sinais. Para mais de 90% dos casos, existe prevenção”, garante o médico psiquiatra e presidente do Comitê, Rafael Moreno Ferro Araújo.

Ele afirma que o estigma de que não se pode falar sobre suicídio é o que mais atrapalha a tomada de medidas que impeçam a tragédia. “Discutir o tema, quebrando com o tabu que ronda o assunto, é o caminho para combater esse problema de saúde pública. Como ajudar alguém se você não pode perguntar claramente se ele está pensando em tirar a própria vida? Queremos ajudar a desmistificar o suicídio. Falar é preventivo”, indica Araújo.

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