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"Foi um ano de entender e de reconhecer e, também, de celebrar a vida"

Baixar Áudio por Ana Lúcia Jacomini

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Foto: Divulgação

Há um ano, a psicóloga Cláudia Concolatto e seu filho Franco foram protagonistas de uma cirurgia inédita na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Ele doou parte do fígado para a mãe. Foi a primeira vez que o Instituto do Fígado, Pâncreas e Vias Biliares da instituição hospitalar, realizou um transplante intervivos entre adultos.

As duas cirurgias simultâneas envolveram uma equipe com mais de 10 profissionais, entre cirurgiões clínicos e anestesistas, em cerca de 12 horas de trabalho. Uma semana após o transplante, doador e receptora tiveram alta hospitalar.

Neste domingo, 05/06, Cláudia publicou em suas redes sociais que para os transplantados, cada aniversário de transplante é aniversário de vida nova. “Meu dia é 05 de junho. Hoje é o primeiro aniversário!”, escreveu ela. Em áudio para a Tua Rádio Alvorada, Claudia contou que o processo é delicado, com tudo aquilo que a palavra pode significar. Ela explicou que a família e a equipe de profissionais seguem conscientes das possibilidades e das responsabilidades após o procedimento. Especialmente, a responsabilidade com a possibilidade de vida que se apresentou.

A recuperação de Franco foi rápida. Em um mês ele já estava levando uma vida normal. “Não há nada que a gente perceba de diferente no dia a dia dele por conta do transplante”, conta. A de Cláudia foi um pouco mais lenta e todas as necessidades de intervenção que foram necessárias foram feitas. “Tenho uma alimentação saudável, faço exercício físico e aos poucos vou recuperando as capacidades do corpo”.

Claudia reforçou, de forma especial, a importância da doação de órgãos e de as pessoas deixarem expresso em vida o desejo de doar. O procedimento que ela realizou também representa uma alternativa importante pois há uma crescente fila de espera pela doação de órgãos no Rio Grande do Sul. Porém, não é possível para todos os órgãos e há uma série de requisitos para sua realização.

Até abril deste ano, 2.600 pessoas aguardavam por uma doação no estado. O número de transplantes, em contrapartida, fica na faixa de apenas 200 cirurgias. “É importante levar ao conhecimento da população em geral que as chances de a gente precisar de um transplante são maiores que a chance de encontrarmos um doador”, reforça a psicóloga. Ela destaca que é fundamental que as famílias conversem sobre a doação de órgãos e sobre o interesse de ser um doador.  

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