O Projeto Memória Viva Marau foi um dos destaques do 32º Congresso do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul, realizado há poucos dias em Gramado, na Serra Gaúcha. A ação, que visou a integração ensino/serviço na produção de estratégias inovadoras de cuidado, frente aos impactos da pandemia de Covid-19, consiste em visitas domiciliares às famílias que perderam alguém para a doença. Na ocasião, são feitas conversas objetivando o acolhimento e produzidos conteúdos que são publicados na página Memória Viva Marau no Facebook e no Instagram.

“A pandemia nos impôs muitas dificuldades e a morte foi a pior delas, especialmente para aquelas pessoas que não puderam realizar o ritual do velório, que não receberam um abraço no momento da perda. O projeto busca ouvir essas pessoas porque é importante externalizar os sentimentos”, explica a psicóloga Fabiana Schneider, que atua no projeto.

Além de Fabiana, no Memória Viva Marau atuam os residentes de psicologia do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica da Universidade Federal da Fronteira Sul de Passo Fundo. Até o momento, 95 famílias já foram visitadas, sendo que Marau contabiliza, até esta terça-feira, 05/07, 123 mortes por Covid-19. O projeto também participa de premiação de âmbito nacional.