Vacinados podem pegar Covid, mas não de forma grave, defendem especialistas
Variante não tem tanta força de destruição por conta de vacinação
As vacinas são sempre motivo de ataques pelos grupos antivacinas. Frequentemente aparecem perguntas como "Ah, mas se as vacinas são efetivas, como é que pessoas vacinadas estão pegando covid?". Nós fomos atrás dessa resposta e encontramos em nossa apuração jornalística falas explicativas do especialista Renato Kfouri, que é diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Ele defendeu em entrevista à BBC Brasil, que a primeira leva de vacinas, como CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca, sempre tiveram como objetivo principal reduzir o risco de desenvolver as formas mais graves da doença, que estão relacionados a hospitalizações e consecutivamente mortes. E os dados oficiais vão de encontro a essa realidade projetada. Só nos Estados Unidos da América - EUA, 1,1 milhão de mortes foram evitadas.
"As vacinas protegem muito melhor contra as formas mais graves do que contra as formas moderadas, leves ou assintomáticas da covid. Quanto mais grave o desfecho, maior a eficácia delas", resume Renato. Vale ressaltar que especialistas aprenderam que a imunidade contra a covid pós-vacinação não dura para sempre. "Com o passar do tempo, vimos que o nível de proteção cai. Essa queda vai ser maior ou menor dependendo do tipo de vacina e da idade de cada indivíduo. Isso deixou evidente a necessidade da aplicação de uma terceira dose", explica Kfouri.
Também por conta dos índices elevados de imunização em grande parte do mundo é que a variante ômicron, que apresenta uma disseminação mais rápida, não resultou até o momento em um aumento de mortes por covid-19.
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