Sinais de problemas de visão na infância
Baixar ÁudioComo a escola pode auxiliar no processo de descoberta de doenças oftalmológicas
Durante dois anos de ensino remoto, crianças e adolescentes precisaram se adaptar ao computador, tablet e celular, para acompanhar aulas e desenvolver atividades escolares. De acordo com o optometrista, Ivan Sciessere, a saúde visual de parte dos estudantes foi sim prejudicada nesse processo. Segundo ele, o número de crianças com problemas de visão, em consequência do uso excessivo de aparelhos tecnológicos, dobrou durante a pandemia.
O problema não está em utilizar os equipamentos para estudar, mas sim, fazer uso por tempo demais e principalmente nas últimas horas do dia. Sciessere explica que aparelhos como o celular produzem uma reação química no olho, que além de prejudicar a visão, pode atrapalhar o sono. Isso acontece porque a pessoa continua recebendo estímulos neurológicos mesmo depois de dormir, momento em que o cérebro trabalha para armazenar as informações do dia e fixar na memória acontecimentos importantes. Esse processo, explica o optometrista, implica em perda de memória e baixo desempenho do estudante. Para evitar o problema, destaca ele, o ideal é ficar distante do celular por pelo menos uma hora antes de dormir.
De acordo com Ivan, a escola é um local importante para a detecção de problemas visuais, principalmente para as crianças que apresentam dificuldade em acompanhar os colegas ou algum déficit de desempenho. Isso reforça a ideia de que o problema de visão, vai além da dificuldade de enxergar e pode refletir no comportamento e no emocional da criança.
A hipermetropia, por exemplo, é caracterizada pela dificuldade de visão para perto e pode desenvolver maior distração e hiperatividade no paciente. Já a miopia, que dificulta a visão para longe, é observada em crianças mais quietas, introvertidas e com dificuldade de socialização. De acordo com Sciessere, é possível observar também alguns comportamentos gerais nas crianças, como: se aproximar muito do caderno ou fugir das linhas para escrever, coçar muito os olhos e sentir algum desconforto com a iluminação do local.
A recomendação principal, destaca o optometrista, é que a criança seja submetida a pelo menos três consultas oftalmológicas até os 14 anos de idade. A primeira é feita logo após o nascimento e busca a prevenção ou diagnóstico precoce de doenças oculares; a segunda deve ser feita até os 8 anos, idade em que o olho está “amadurecendo” e a terceira aos 14 anos, momento de desenvolvimento que segue o curso da adolescência.
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