Museu dos Capuchinhos realiza exposição “Peregrinos e Forasteiros”
A exposição integra às comemorações dos 120 anos de presença Capuchinha no RS
A abertura da exposição “Peregrinos e Forasteiros” será nesta quinta-feira, dia 28 de abril, às 18h30min, no Museu dos Capuchinhos (rua General Mallet, 33A, bairro Rio Branco). Cada vez que um frei morre, dele é guardada sua mala e, dentro dela, os objetos pessoais que ajudam a representar sua história. A coleção “Sala das Malas”, que começou a ser formada antes mesmo da implantação do Museu dos Capuchinhos, preserva as memórias individuais de cada frei que ajudou a construir a Província do Rio Grande do Sul, que este ano completa 120 anos de presença no Estado.
“Peregrinos e Forasteiros”, conforme São Francisco orientou em sua Regra, “os freis faziam votos de pobreza e obediência e tinham a mala como único bem que poderiam levar consigo - a companheira de viagem para os caminhos que a vida religiosa lhe reservava”, explica o diretor do Museu dos Capuchinhos, frei Celso Bordignon.
A exposição que abrirá as malas de diferentes frades, pretende mostrar a diversidade de trajetórias individuais, abrindo a mala de freis com diferentes ofícios, como alfaiate, pesquisador, missionário, pároco, marceneiro, músico e até os primeiros franceses que vieram implantar a Ordem no Rio Grande do Sul. Um núcleo paralelo trará ainda fotografias da vida cotidiana dos freis e documentos que mostram os deslocamentos e viagens, como passaportes e as cartas de obediência.
A exposição ficará em cartaz até o dia 14 de outubro. A abertura ao público ocorre de segunda à sexta, das 8h às 11h30min e das 13h30min às 17h. O Programa Educativo da instituição oferece visitas mediadas, atividades lúdico-criativas e atendimento em horários especiais, como finais de semana e feriados, mediante agendamento pelo e-mail [email protected]
O Museu dos Capuchinhos, que possui cadastro regularizado nos Sistemas Nacional e Estadual de Museus, completou 15 anos no dia 09 de dezembro de 2015. Tem como missão: “Preservar os acervos e as memórias que contam a história da presença Capuchinha no Rio Grande do Sul e também as particularidades que tornam especial cada Frade Capuchinho”. Funciona numa edificação da década de 1950, com área total de 852 m². Abriga atualmente Sala de Exposições Temporárias; Biblioteca com Livros Especializados e Obras Raras; Laboratório de Restauro de Papel e Ateliê de Pintura; Arquivo Documental e Reservas Técnicas.
O acervo possui coleções divididas em:
- Acervo Museológicos: formado por arte sacra, alfaias e objetos cotidianos provenientes das igrejas, conventos e casas capuchinhas;
- Acervo Documental: formado por documentos textuais e fotografias das Fraternidades e Instituições ligadas aos Capuchinhos no Rio Grande do Sul e também por documentos pessoais de freis falecidos;
- Acervo Bibliográfico: títulos especializados em Teologia, Filosofia, História da Igreja e da Ordem; Publicações de Frades Capuchinhos, história regional; obras raras do século XVI, XVII, XVIII e XIX.
O Museu está desenvolvendo o projeto “Uma assinatura para a Arte Anônima”, aprovado pelo Fundo Municipal Financiarte que tem como objetivo a elaboração de um dossiê de pesquisa acerca de 47 obras de arte sacra, visando identificar a procedência, autoria e descrição estilística das obras.
O Muscap realiza exposições temporárias com recortes do acervo por temática. O processo de Documentação Museológica utiliza plataforma de última geração capaz de disponibilizar o acesso a pesquisadores de qualquer lugar do mundo através da internet. O Laboratório de Conservação e Restauro está equipado para atender um museu de médio porte, sendo considerado o mais estruturado da Região. O Museu atua também com educação patrimonial oferecendo atividades que envolvem escolas e projetos sociais.
Está sendo programada uma exposição em Lagoa Vermelha, mas ainda sem data definida.
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