Osório será a sede da 41ª Romaria da Terra
Edição de número 40 reuniu cerca de 10 mil pessoas em Pontão
O dia 28 de fevereiro de 2017 foi especial para a Arquidiocese de Passo Fundo. Na data, cerca de 10 mil pessoas estiveram reunidas na Fazenda Annoni, primeira ocupação brasileira de famílias organizadas dentro do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, em programação que marcou a 40ª Romaria da Terra do Rio Grande do Sul. O evento realizado na Paróquia Santo Antão, em Pontão, na Área Pastoral de Sarandi, ocorreu, novamente, na terça-feira de Carnaval, por ocasião do aniversário de morte de Sepé Tiaraju, que tem seu histórico ligado aos rituais de luta pela propriedade de terra. O tema deste ano foi “Romaria da Terra: 40 anos de luta e memória das conquistas” e o lema: “Terra de Deus, terra de irmãos”.
O evento é organizado pela Comissão Pastoral da Terra do Rio Grande do Sul (CPT-RS). Segundo o padre Celso Luis Ciconetto, representante da CPT, 14 dioceses já sediaram o encontro religioso que também tem cunho sócio-político. Pela primeira vez, a diocese de Osório será a sede do evento, em 2018. A Romaria da Terra é realizada com apoio da CNBB Regional Sul III, da Arquidiocese de Passo Fundo e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Em cobertura especial, a reportagem da Tua Rádio Alvorada conversou com romeiros, romeiras, lideranças sociais, políticas e religiosas. Entre elas, o Bispo Emérito de Rio Grande, Dom José Mário Stroeher, que carregava, a frente da procissão, uma cruz que recebeu de presente, símbolo das crianças que perderam a vida ao longo da história da luta pela terra – ouça entrevista no player de áudio.
Acampamento da Juventude
À jovem marauense, Kenia Censi, foi designada a missão de fazer a leitura da carta elaborada pelos jovens de todo do estado e de várias regiões do país que participaram do Acampamento da Juventude de 2017. O Acampamento, espaço sócio-político-formador que surgiu por iniciativa da própria juventude, aconteceu, neste ano, nos dias 26 e 27, na área 01 da Fazenda Annoni e promoveu uma reflexão sobre o tema “Juventude construindo projeto popular” e o lema “Prefiro morrer na luta do que morrer de fome” – em memória à Roseli Nunes, militante da luta pela terra morta em um protesto, em 1987. Na galeria de foto, confira a íntegra do documento.
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