Foi encerrada, neste mês de abril, a etapa de depoimentos relacionados ao processo disciplinar movido contra o vereador Laércio Zancan, da banca do PSB na Câmara de Vereadores de Marau. A última pessoa a ser ouvida pela Comissão de Ética - e pelos advogados de defesa, foi o próprio vereador que apresentou sua versão verbal sobre os fatos que moveram a ação.

De acordo com o presidente da Comissão de Ética, vereador Anderson Rodigheri, do Progressistas, encerrada a instrução probatória, foi encaminhado o processo administrativo ao relator, vereador Jonas Sebben do MDB, que tem o prazo de cinco sessões para emissão do parecer conclusivo. A apresentação do relatório deve acontecer na sessão do dia 15 de maio. Depois disso, o processo passará pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça - CCJ, que irá analisar se o procedimento seguiu todos os ritos legais e, em seguida, o parecer desta comissão será votado em plenário.

Ao todo, Laércio responde por quatro denúncias: a primeira feita por manifestantes que se sentiram ofendidos após crítica do vereador aos atos contra a eleição do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT); calúnia, após acusação de homofobia contra a vereadora Elisabete Dall'Acqua Alban (PP); a terceira feita por integrantes do movimento “Lugar de criança é na escola”, onde membros do grupo se sentiram ofendidos por falas do vereador à época da pandemia de covid-19 e, a quarta e última denúncia é por difamação - processo que também corre na via judicial.

Ainda de acordo com o presidente da Comissão de Ética Parlamentar, o vereador Lalá pode receber três sanções: censura pública mediante advertência, suspensão do mandato ou cassação do mandato.