AL vota hoje a PEC que retira a obrigatoriedade de plebiscito para privatizações
Intenção do governo estadual é fazer a abertura de capital da Corsan
Foto: Reprodução/AL RS
Começa a ser definido nesta terça-feira, 27/04, o destino da empresa pública de água e saneamento do Rio Grande do Sul. Numa votação cercada por polêmicas, os deputados estaduais irão apreciar uma iniciativa que desobriga o governo estadual de realizar plebiscito sobre a venda da Corsan, Banrisul e Procergs. Com 55 anos de fundação e uma carteira de clientes que abrange dois terços da população gaúcha, a companhia entrou na lista de estatais a serem privatizadas pelo governador Eduardo Leite.
Para agilizar a venda, o governador encampou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) do deputado marauense Sérgio Turra, do Progressistas, que já tramitava na Assembleia Legislativa. O objetivo é repetir o procedimento adotado em relação à CEEE, à CRM e à Sulgás e obter aval do parlamento para dispensar a necessidade de consulta pública. Para tanto, o governo precisa de 33 votos favoráveis entre os 55 deputados, numa votação em dois turnos — o primeiro nesta terça-feira e o segundo na segunda quinzena de maio. Nos bastidores, os estrategistas dizem que há apoio de pelo menos 35 deputados à medida.
Por outro lado, autora de dispositivo que incluiu na Constituição a exigência de plebiscito, a bancada do PDT tenta arregimentar votos para impedir a aprovação medida. Nesta segunda-feira, 26/04, uma audiência pública virtual promovida pela líder do partido, deputada Juliana Brizola, discutiu os efeitos de uma eventual venda da companhia. Juliana, porém, admite que o Piratini tem maioria.
Em seu espaço semanal na emissora, o deputado Vilmar Zanchin, do MDB, falou que o plebiscito deva ser aprovado mas alertou que o governo estadual afirmou que não irá desestatizar o Banrisul e a Procergs e que a primeira ação seria a abertura de capital da Corsan.
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