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“Não há preço que pague estar em paz, com a consciência limpa e o dever cumprido”

por Camila Agostini

Matheus Fernandes da Silva avalia mandato de vereador e fala sobre questões polêmicas

Ele foi o mais jovem político a ocupar o cargo de presidente da Câmara de Vereadores de Marau. Em seu primeiro mandato, assumiu a função em duas oportunidades. Agora, aos 26 anos, o jovem, recentemente formado em Direito, diz que precisa repensar sobre seu futuro na vida pública. “É preciso ter coragem”, disse, Matheus Fernandes da Silva, ao avaliar o mandato, em entrevista à Tua Rádio Alvorada. Durante os dois anos em que esteve no comando do legislativo marauense, o petista foi alvo de ataques e, por vezes, teve que explicar decisões consideradas polêmicas. Ele lamenta que muitas dessas situações se acaloraram por interferências negativas de pessoas ou grupos que priorizam interesses pessoais, fofocas e mentiras. Esse foi, de acordo com o vereador, que não se reelegeu em 2016, o fato negativo da gestão que encerra nos próximos dias.

A derrota nas urnas, aliás, defende Matheus, está correlacionada ao mau momento em que vive o Partido dos Trabalhadores. Com a ex-presidente Dilma afastada do cargo e muitas acusações ao partido, o ano encerra com saldo negativo para a sigla, que sofre os efeitos das investigações da Lava jato, o que foi possível perceber, também, nas eleições municipais, quando o número de prefeituras conquistadas pelo PT caiu consideravelmente. Mesmo assim, o vereador defende que a corrupção está nas pessoas e não nos partidos e citou o que considera ser os efeitos negativos da atual gestão, tanto no país, quanto no estado: “O governo Temer mexe no direito conquistado da aposentadoria, congela investimentos. É um escândalo por dia. Eduardo Cunha, que orquestrou o golpe, está afastado e preso. O governo Sartori extingue fundações, mas não apresenta nenhum projeto para combater a sonegação de impostos no Rio Grande do Sul que chega à casa dos R$9 bilhões. O PT cometeu erros, sem dúvidas. É preciso repensar e fazer as mudanças necessárias. Mas não tenho dúvidas que Lula foi um dos melhores presidentes do Brasil” – ouça o player de áudio.

Durante a entrevista, Matheus falou também sobre a construção da sede própria do Legislativo marauense que teve um novo capítulo ao longo da atual legislatura. Dessa vez, com o local definido, a polêmica ficou por conta dos valores que seriam investidos para a execução do projeto. Projeto que, aliás, permanece só no papel.  Falou ainda sobre os possíveis atritos entre o PT e o PMDB de Marau. A suspeita de que haveriam desentendimentos entre as siglas teria ficado evidente no momento em que, depois de muitos anos, as siglas se desarticularam e o PT concorreu na majoritária, sem coligação. A questão do ajuste dos subsídios dos vereadores e outras questões que pautaram o conteúdo jornalístico da cidade nos últimos anos também foram abordadas na entrevista.

Sobre o retorno à vida pública, Matheus diz que trata-se de uma possibilidade incerta, mas garante: “não me arrependo de nada que fiz. Fiz com convecção, com alegria e responsabilidade. Jamais me venderia, entregaria meus valores, princípios para agradar interesses particulares. Se eu tivesse que resumir minha atuação nesse tempo diria que não há preço que pague estar em paz, com a consciência limpa e o dever cumprido”.

 

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