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"Os partidos hoje trabalham com chave de fenda. Mas, hoje, precisamos ter GPS"

por Camila Agostini

Senador Cristóvão Buarque fala à reportagem da Alvorada sobre sua saída do PDT

O senador Cristovam Buarque (DF) anunciou na quarta-feira, 17/02, em pronunciamento no plenário do Senado, que está se desligando do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e migrando para o Partido Popular Socialista (PPS).

Em entrevista à Rádio Alvorada, o senador manifestou descontentamento com relação ao que chamou de “imbricamento” entre partidos, disse que as siglas têm perdido vigor e lamentou a apatia partidária que ameaça a solidez dos projetos para um Brasil melhor.  

Segundo o ex-pedetista, a decisão de deixar o partido foi motivada pelas mesmas razões que o levaram a sair do PT há 10 anos.  “Faço política porque tenho algumas bandeiras e o terreno sobre o qual eu caminhava politicamente deixou de ser sólido, pois a sigla perdeu o vigor transformador, deixou de representar um sonho para um Brasil melhor”, disse o senador que citou como exemplo de inconsistência política, a exoneração temporária do Ministro da Saúde, Marcelo Castro que, por determinação da Presidente Dilma Rousseff, reassumiu a titularidade do cargo de deputado na Câmara Federal para somar forças à eleição de Leonardo Picciani, reconduzido à função de líder da bancada do PMDB.

“O imbricamento entre o PDT e o PT é tão íntimo que não duvido que ambos caminham para ser um partido único”, reiterou Cristóvão Buarque.

Quanto a seu ingresso no PPS, o senador afirmou que está otimista frente ao compromisso assumido junto à sigla para que se faça uma reciclagem do partido. “Os partidos hoje trabalham com chave de fenda. A juventude quer GPS, um novo rumo para o país”, declarou Cristóvão Buarque, em uma analogia feita ao que acredita ser a saída para que os partidos não restem sitiados. “Os sonhos para o futuro mudaram. A urbanização e a industrialização já ocorreram. Criamos verdadeiras “mosntrópoles”. Os propósitos mudaram e o sonho é velho. Os problemas se tronaram mundiais e os políticos continua tratando deles como se fossem municipais. Ontem, dentro do seu partido estavam todos que pensam como você e fora, ninguém que pensasse como você. Hoje não é mais assim. Dentro de cada partido tem gente e boa e gente ruim. Precisamos criar um bloco transpartidário”, concluiu o senador que, embora não tenha descartado a possibilidade de se candidatar para a presidência da república, disse que nem ele, nem o PPS, assumiram compromisso para torna-lo candidato.

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