PDT abre processo de expulsão de Giovani Cherini
Líder da bancada gaúcha, deputado declarou voto favorável ao impeachment, contrário à decisão do partido
Foto: Ascom/Deputado Cherini
O PDT abriu o processo de expulsão do deputado Giovani Cherini (RS). Líder da bancada gaúcha, o parlamentar declarou voto favorável ao impeachment, ignorando a posição fechada pelo partido.
Caso Cherini reveja seu voto no domingo, no plenário da Câmara, o processo será arquivado. Do contrário, o caso seguirá no conselho de ética da legenda, com a decisão tomada em 30 de maio.
— Cherini tem até o domingo para se retratar. O crime será votar pelo impeachment, o que ainda não se configurou — afirmou Carlos Lupi, presidente do PDT.
Outros pedetistas que apoiarem a saída da presidente Dilma Rousseff também terão processo de expulsão aberto. Nos bastidores, estima-se que de quatro a seis dos 19 deputados do partido podem votar pelo afastamento da petista.
A decisão de abrir processo de expulsão dos infiéis foi tomada em reunião da executiva nacional e do conselho de ética do PDT, em Brasília.
Além de Lupi, participaram figuras importantes da sigla, como o ministro das Comunicações, André Figueiredo, os ex-ministros Manoel Dias e Cid Gomes, o líder da bancada na Câmara, Weverton Rocha (MA), e outros deputados, a exemplo de Pompeo de Mattos e Afonso Motta.
Lupi adiantou que, caso Cherini seja expulso do PDT, o partido vai pedir o seu mandato.O parlamentar fez 115 mil votos em 2014. Dos três deputados do PDT-RS, ele foi o mais votado.
— Todos na bancada federal do PDT se elegeram com o somatório dos votos da legenda.
A reunião decidiu, ainda, que não punirá faltas ou abstenções na votação de domingo, ações que favorecem o governo na batalha para evitar que a oposição some 342 votos.
Líder da bancada gaúcha, Cherini estava entre os indecisos sobre o impeachment até quinta-feira, quando externou posição favorável à continuidade do processo de afastamento de Dilma.
*ZH
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