O Governo do Estado do Rio Grande do Sul anunciou, em conferência realizada nesta quarta-feira, 14/07, a intenção de privatizar completamente a Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN). Na ocasião, o governador Ranolfo Vieira Júnior anunciou que o Executivo não irá recorrer da decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de interromper o processo de privatização da empresa. 

“Na nossa visão, um eventual recurso iria, ainda, levar mais tempo até o seu julgamento, enfim, atrasaria mais. E, daí, correríamos, concretamente, o risco de não conseguirmos efetuar esse negócio no ano de 2022 com todos os prejuízos decorrentes ao Estado, à CORSAN e à sociedade gaúcha”, alegou o governador. Na última quinta-feira, 07/07, o TCE havia determinado que a privatização fosse interrompida. 

De acordo com o Ranolfo, a ideia ainda é privatizar a companhia. Dessa vez, a venda deve ocorrer de forma completa, não por meio da negociação de ações. O formato é chamado pelos empresários de IPO (“oferta pública inicial”, ou “initial public offering”, no original em inglês). “Iremos, agora, reformular este modelo, e a ideia é fazer a privatização nos mesmos moldes que nós fizemos aqui com outras companhias do estado – a Sulgás, a exemplo”, finaliza. 

A Sulgás foi vendida por completo para iniciativa privada ainda em 2021. Assim, a proposta do Estado para a CORSAN passa a ser da venda de 100% da empresa. 

Segundo o diretor-presidente da CORSAN, Roberto Barutti, a privatização da companhia é a decisão mais acertada. Ele ainda alega que, “dentro de um formato de venda de 100%, esses pontos, eles passam a ser reestudados e a gente tem mais flexibilidade e, com isso, a gente abre mais espaço para buscar uma maximização de preço da companhia”. 

Com a decisão pela venda integral da CORSAN, o governo deixará de ter qualquer ligação com a empresa. O objetivo é realizar o leilão ainda em 2022. 

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