"Apesar da boa vontade, Dilma não tinha mais como reagir"
Executiva municipal do PMDB se manifesta sobre a missão do partido frente à presidência da República
Mesmo antes de seu pronunciamento oficial como presidente da República, Michel Temer, antecipou que vai pregar a "pacificação e a unidade do País", além da retomada do crescimento econômico. Ele disse ainda que deverá manter em vigência os programas sócias, como o Bolsa Família e incentivar a continuidade das investigações da operação Lava Jato. No final da manhã desta quinta-feira histórica para o Brasil, o vice-presidente foi notificado sobre o afastamento da presidenta Dilma Rousseff do cargo por até 180 dias, conforme instaurado em plenário pelos senadores, em sessão que durou mais de 20 horas. Assim, Temer recebe o título de presidente interino e passa a possuir plenos poderes de nomear a equipe de governo e gerenciar o Orçamento da União. Tão logo tomou posse, Temer anunciou os integrantes do novo quadro de ministérios que passa de 32 para 22. Entre os nomes confirmados está o do deputado federal da bancada gaúcha, Osmar Terra, que assume a pasta do Desenvolvimento Social e Agrário.
Em âmbito municipal, a presidência do PMDB de Marau, hoje sob o comando de Adelar Confortin, que substitui temporariamente Iura Kurtz no cargo, entende que o momento é de muita tristeza, mas que se impõe pela necessidade, visto que a presidente Dilma, segundo ele, não tinha mais condições de governar. “Apesar da boa vontade, Dilma não tinha mais como reagir. O descrédito, ao nosso ver, foi muito grande”, disse Confortin. O saldo, agora, de acordo com o peemedebista, é uma nova chance de recuperação para o país que passa por uma situação econômica e política muito delicada. “Há necessidade de fazermos mudanças e elas serão feitas, aos poucos. E se se confirmar o impeachment da presidente Dilma, o governo de Temer terá um tempo maior para consolidar as mudanças necessárias. Isso será feito, acreditamos, com apoio da Câmara e do Senado”, destacou. Confortin finalizou sua manifestação em entrevista à Rádio Alvorada dizendo que “a população precisa continuar cobrando”.
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