O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), considera um alívio para os cofres gaúchos a liminar que autoriza o Estado a pagar com juros simples a dívida com a União. Embora o governador reconheça que a ação não seja definitiva, ele acredita ser uma importante vitória para a administração e prevê investir o dinheiro que sobrar na segurança pública.

Entrevistado pela reportagem da RedeSul de Rádio, Sartori recorda que o contrato da dívida, assinado em 1998, era de R$ 9 bilhões.

Passados 18 anos e R$ 25 bilhões pagos, o Estado ainda estaria devendo R$ 52 bilhões. Na avaliação de Sartori, um cálculo inaceitável. (Acompanhe em áudio)

O governador gaúcho preferiu não omitir opinião sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que corre nesta semana na Câmara dos Deputados. Sartori, no entanto, espera que as discussão transcorram dentro da normalidade democrática, respeitando as opiniões divergentes.

O governador declarou ainda não temer que o eventual afastamento da presidente Dilma Rousseff por pedaladas fiscais abra um precedente para punir os governadores que se utilizaram da mesma prática.

Em relação à gravação de áudio em que o vice-presidente Michel Temer se pronuncia como se o impeachment de Dilma já tivesse sido aprovado pela Câmara, Sartori entende que não é momento para acirrar os ânimos do debate. O governador gaúcho também elogiou o perfil moderado do colega de partido e presidente nacional do PMDB.