"Não vejo um horizonte azul em 10, 20 anos... isso vai ter complicação muito séria"
Ouça a entrevista de Joaquim Luiz de Mello Flores, sobre o momento político do País, no player de áudio
Foto: Reprodução/www.noticiasagricolas.com.br
Na noite de segunda-feira, 09/05, o senador Vicentinho Alves (PR-TO), primeiro-secretário do Senado, leu no plenário, um resumo do parecer da comissão especial do impeachment que recomenda a abertura do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. A leitura é uma formalidade necessária para dar continuidade à tramitação do processo de impedimento. Com isso, conta-se o prazo de 48 horas para que o relatório possa ser votado pelos senadores e a expectativa, é de que a sessão de votação seja aberta nesta quarta-feira, 11/05. Tudo isso ocorre após o presidente interino da Câmara Federal, Waldir Maranhão (PP-MA), ter cancelado a votação na casa legislativa e, logo depois, ter revogado a própria decisão.
Para o pesquisador político, Joaquim Luiz de Mello, o Brasil vive uma efervescência construtiva, pois se visualiza o desmonte de antigas realidades negativas, que se agravaram nos últimos tempos. Para ele, o impedimento da presidente Dilma Roussef resolve apenas um episódio: a perda de suas condições de governar o país e não o fato base, que é a corrupção, o mercantilismo partidário e a desestruturação institucional. Por isso, não há certeza se o governo que irá sucedê-la, terá sucesso ou não. “A mais probabilidade de não ter sucesso”, defende Seu Flores.
Para o pensador, o Brasil necessita de uma reforma estrutural. Constituição (base estrutural) e Federalismo (autonomia dos governos locais), são dois dos conceitos que ele trabalha, para defender sua opinião. “Temos que reformatar o estado brasileiro para que ele funcione bem. Se isso não ocorrer, daqui a 10 anos estaremos discutindo as mesmas crises.” O estado brasileiro não é dos partidos políticos, alerta Seu Flores, ele é do povo do país, que precisa impor ao Congresso Nacional que ele o represente de verdade. “É preciso consciência política”, defende. Ouça a entrevista, na íntegra, no player de áudio.
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