O Chefe do Cartório Eleitoral de Marau, Rafael Copetti, se manifestou sobre o caso da Senhora Adelaide, eleitora cadeirante que teve dificuldades para votar neste domingo, 06/10. Na verdade, conforme relato da marauense, foi a segunda eleição consecutiva em que sua seção estava instalada no segundo piso do Iesta, impedindo seu acesso. Copetti revelou ter ficado chateado com o ocorrido, independente do fato de a cadeirante ter conseguido, no final da tarde, exercer o direito ao voto. “Infelizmente tivemos essa situação e houve um equívoco da Justiça Eleitoral. Já conversei com a eleitora sobre essa situação que, efetivamente, não pode acontecer de forma alguma”, disse ele.  

O gestor explicou que no âmbito da 62ª Zona Eleitoral, os locais de votação acessíveis foram ampliados nos últimos anos, após a realização de estudos sobre o tema. “ Hoje, em Marau, nós temos pelo menos 30 seções com acessibilidade identificadas para auxiliar pessoas cadeirantes e com dificuldade de locomoção”, disse. Estas seções, segue Copetti, precisam ficar próximo ao local de entrada e não podem ter barreiras arquitetônicas, como é o caso dos degraus. “Claro que gostaríamos de ter 100% dos locais nessas condições”.

O eleitor com deficiência pode requerer a transferência do local de votação para uma seção com acessibilidade que possa atender melhor às suas necessidades, como uma seção instalada em local com rampas e/ou elevadores. Isso pode ser feito nos cartórios eleitorais até 151 dias antes das eleições, para que a Justiça Eleitoral providencie, se possível, os meios e recursos destinados a facilitar-lhes o exercício do voto. Rafael Copetti reforça, também, que essa solicitação pode ser feita pela internet, no site do Tribunal Regional Eleitoral, na plataforma de serviços ao eleitor. “Então, para 2026, o prazo para realizar essa adequação inicia dia 5 de novembro e vai se estender até 151 dias antes da eleição, que é o próximo fechamento do cadastro no mês de maio de 2026”, finaliza.