Sem aviso prévio aos demais líderes partidários, o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), anulou nesta segunda-feira, 09/05, as sessões do dias 15, 16 e 17 de abril, quando os parlamentares aprovaram a continuidade do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff. Para tanto, o deputado progressista que assumiu o comando da casa devido ao afastamento de Eduardo Cunha do cargo, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal, acatou pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU).

De acordo com o que foi divulgado em nota, no entendimento de Maranhão, os deputados não poderiam ter dado publicidade a seus votos antes da conclusão da votação. Ele determinou que uma nova votação aconteça no prazo de cinco sessões "contadas da data em que o processo for devolvido pelo Senado à Câmara".

O processo de impeachment tramita no Senado desde que foi aprovado pela Câmara, por 367 votos contra 137. Após passar por uma sessão da comissão especial, ele seria lido nesta segunda-feira, 09/05, no plenário do Senado. A votação dos senadores estava marcado para ocorrer na quarta-feira, 11/05.

A imprensa nacional aguarda agora, pelo pronunciamento do presidente do Senado, Renan Calheiros. Aliados do vice-presidente Michel Temer que assume a presidência da República se a presidente for afastada, aguardam pelo pronunciamento de Calheiros. Cúpula do PP, partido que acolheu o pedido para abertura do processo de impeachment, estuda a possibilidade de pedir a expulsão de Maranhão da sigla. A oposição chamou a decisão de Maranhão de intempestiva e disse que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal. Às 16h Waldir Maranhão concede coletiva para falar sobre a sua decisão.

A Rádio Alvorada acompanha os desdobramentos que ocorrem em nível nacional e prepara pauta sobre o assunto para a programação jornalística desta terça-feira, 10/05.