Cientista político analisa impacto eleitoral da rejeição do habeas corpus ao ex-presidente Lula
“Num primeiro momento, não vejo o PT abandonar a estratégia de Lula como candidato”. A avaliação é do cientista político Rafael Cortez, da Universidade de São Paulo (USP). O professor universitário, especialista em instituições brasileiras e política comparada, concedeu entrevista ao programa Conectado desta quinta-feira (05) e traçou projeções para o pleito de outubro, considerando o impacto da rejeição do habeas corpus preventivo ao ex-presidente da República.
Para Cortez, a decisão do STF deixa o petista cada vez mais longe da disputa eleitoral, mesmo liderando as pesquisas de intenção de voto. O cientista político acredita que o Partido dos Trabalhadores deve manter Lula como pré-candidato ao Planalto e brigar nas instâncias judiciais pelo direito do ex-presidente concorrer, mesmo condenado em segunda instância.
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Nesta quarta-feira (04), o Supremo Tribunal Federal (STF) negou habeas corpus preventivo de Lula. A sessão durou quase 11 horas e terminou com placar de 6 a 5. Votaram contra o habeas corpus os ministros Luiz Edson Fachin (relator da ação), Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Rosa Weber e a presidente Cármen Lúcia. Os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Celso de Mello, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski foram favoráveis ao pedido do ex-presidente.
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