Estado se torna signatário de iniciativa global para redução de emissões de metano
Formalização aconteceu na COP28 que segue até o dia 12/12 em Dubai
O governo do Estado assinou, durante a programação da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP28), a sua adesão ao grupo de entes subnacionais comprometidos com a redução de emissões de metano (CH4) na atmosfera. A formalização da adesão ocorreu durante o encontro “Estados e regiões: impulsionando a ação climática local” e foi feita pelo vice-governador Gabriel Souza.
A iniciativa global, capitaneada pelo governo da Califórnia e consolidada na COP28, em alinhamento com os objetivos do Acordo de Paris, prevê a promoção de ações locais e a busca por recursos para custear projetos de mitigação das emissões nos territórios dos entes signatários. O documento ressalta que, embora mais de 150 países tenham concordado com o esforço coletivo de redução em ao menos 30% até 2030, o cumprimento da meta exigirá comprometimento em todos os níveis, justificando uma declaração de intenções voltada especificamente para os estados.
Gás de efeito estufa (GEE), o metano é 80 vezes mais impactante que o gás carbônico (CO2) para o aquecimento global. As maiores fontes de emissão em nível mundial são a agricultura (atividades agrícolas e pecuárias), a energia (gás natural, carvão e petróleo, por exemplo) e os resíduos (aterros sanitários e águas residuais). No Rio Grande do Sul, estima-se que aproximadamente 50% das emissões de GEE tenham origem nos sistemas de produção agropecuária, diferentemente do padrão global, em que o sistema energético é o principal responsável pelas emissões. Devido ao processo de ruminação e digestão dos animais, a produção de metano se mostra especialmente relevante na pecuária bovina, uma das principais atividades econômicas gaúchas.
A iniciativa é apoiada pela Coalizão Under2, da qual o Rio Grande do Sul faz parte. Ela constitui a maior rede global de governos comprometidos com o Acordo de Paris para o clima, cujo objetivo principal é zerar o balanço de emissões de GEE até 2050. Essa coalizão é mantida pelo Climate Group, instituição sem fins lucrativos, fundada em 2003 e que congrega governos e empresas multinacionais alinhados com os compromissos climáticos globalmente assumidos.
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