Engana-se quem pensa que o já, há muito conhecido, golpe do bilhete foi esquecido pelos criminosos. A extorsão que parece ultrapassada ainda é utilizada por golpistas e prejudica os mais desavisados, conforme destaca Paulo Formica, gerente da Caixa Econômica Federal de Marau.

“Os alvos mais frequentes são pessoas idosas”, destaca o gerente que assegura: “este tipo de ação ocorre pelo menos uma vez por mês em Marau”. Ouça a íntegra da entrevista no player de áudio. Segundo Formica, os estelionatários se mostram bem articulados e quadrilhas se deslocam de outros municípios para aplicar o golpe em Marau. Abordado em via pública, o cidadão é chamado para verificar um bilhete supostamente premiado. Uma terceira pessoa surge para ajudar até que a vítima se sente coagida e entende pertinente o saque de dinheiro para garantir o prêmio.  

Os valores extorquidos são variados, em alguns casos superiores a R$30 mil. Há circunstâncias em que a vítima se sente constrangida e o fato nem chega a ser registrado às autoridades policiais. “Por isso é importante que os familiares orientem, sobretudo os idosos, para que não realizem nenhum tipo de saque sem antes consultar alguém de confiança. O poder de convencimento dos criminosos é grande e por isso o alerta é para que as pessoas redobrem seus cuidados com relação a quaisquer abordagens de desconhecidos”, ressalta Paulo Formica.