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Miguelitos são espalhados por diversos bairros de Marau

por Camila Agostini

Pelo menos 20 pneus de ônibus da Marisul foram furados

Foto: Divulgação

Em mais uma tentativa de sensibilizar os governantes quanto aos prejuízos gerados pelas reformas aos trabalhadores do país, representantes sindicais e de classe se mobilizam, novamente, nesta sexta-feira, 30/06, em todo o Brasil. Inicialmente, o que se percebe é que a adesão e o impacto da convocação são modestos e bem menos expressivos que a paralisação ocorrida no dia 28/04. Há quem entenda que os próprios organizadores do movimento temem por reações mais agressivas por parte dos manifestantes.

Desde a madrugada desta sexta-feira, 30/06, algumas ações exigem que os órgãos de segurança se mantenham em estado de alerta. Em Marau, algumas ruas amanheceram tomadas pelos chamados “miguelitos” que ainda são encontrados em determinados pontos da cidade. Pelo menos 20 pneus de ônibus da empresa Marisul foram prejudicados por conta do artefato pontiagudo. Apesar disso, o transporte circular ocorre normalmente no município.

A Brigada Militar faz ronda pela cidade para recolher os miguelitos que ainda restam em bairros de Marau.  O comando do esquadrão solicita à população que comunique a Brigada Militar sobre a presença de quaisquer objetos que possam comprometer a segurança de motoristas e pedestres.

Segundo o presidente do Sindicato da Alimentação de Marau – STIA, Alcemir Pradegan (Costela), é preciso saber diferenciar quem está nas ruas em busca de mudanças e quem descaracteriza o movimento, por meio de atos violentos.  “É muito triste ver que muitos dos direitos estão sendo tirados dos trabalhadores. Se tem que acontecer uma reforma, essa reforma deve ser a política. O governo não tem olhado para a vida do trabalhador. Muita gente foi pra rua pedir a troca do governo. Eu gostaria que estas pessoas voltassem a pedir por isso. Mas sem quebrar nada ou perturbar a vida das pessoas. É muito infeliz o homem que pensa só nele ou só no partido dele. As manifestações, porém, são legítimas. Ninguém pode ser obrigado a parar, mas todos temos o direito de manifestar nossa insatisfação, com respeito e espírito de luta”, disse o sindicalista.

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