Simarau deve convocar nova assembleia para retomar negociações salariais com o Executivo
Projeto referente ao reajuste foi retirado da pauta da Câmara em função dos efeitos da pandemia do novo coronavírus
Está prevista para os próximos dias, uma nova assembleia do Simarau – Sindicato dos Servidores Públicos de Marau. Segundo o presidente da entidade, Everson Xavier, ainda não é possível dizer em quais moldes o encontro entre os associados deve ocorrer já que, neste momento, devido às determinações decretadas pela administração pública por conta do enfrentamento ao novo coronavírus, quaisquer aglomerações estão proibidas. A pauta da reunião é precedida pelas negociações salariais. O dissídio, iniciado em fevereiro, parece não ter desfecho, já que, em março, o projeto que prevê reposição e reajuste ao funcionalismo municipal foi retirado da pauta do Legislativo, como medida de controlar os gastos públicos, já que, conforme levantamentos da Secretaria de Fazenda, Marau deixará de arrecadar mais de R$ 13 milhões em 2020 por conta da pandemia da Covid-19.
O sindicato, de acordo com o presidente, requer nova reunião com o prefeito Iura Kurtz para rever as negociações. O primeiro contato com o Executivo ocorreu no dia 10/02. Na data, o prefeito apresentou proposta de concessão máxima de 5,89% pela revisão da inflação e 0,47% de reajuste salarial. Segundo Iura Kurtz, esse seria o teto possível aos cofres públicos municipais no momento. Apesar de buscar novos ganhos, os servidores acataram a proposta que acabou seguindo para apreciação dos vereadores somente no dia 19/03.
Após a retirada da proposta da pauta da Câmara, um novo contato entre o prefeito e o presidente do sindicato foi realizado online. “Inicialmente, lamentamos, mas entendemos que seria necessário por conta do momento. Mas o próprio prefeito nos disse que voltaríamos a conversar e construir juntos um novo entendimento. E assim, nos foi solicitado um tempo para isso”, diz Xavier. O sindicalista afirma, no entanto, que voltou a solicitar uma nova reunião para rever a situação. “Temo tempo hábil por se tratar de um ano eleitoral”, argumenta. Ocorre que, por designação do prefeito, uma equipe técnica foi nomeada para as negociações. O sindicato, porém, reclama pela ausência do chefe do Executivo durante as reuniões. “Solicitamos então que o prefeito estivesse presente no encontro que teríamos no dia 27/05, mas ele nos encaminhou um ofício (clique aqui para cessar cópia do ofício) e como tínhamos a certeza de que ela não estaria novamente, optamos por não realizar a reunião”, explica Xavier.
Sem entendimento, portanto, os servidores, através do Simarau, devem decidir, nos próximos dias, quais serão as ações que podem dar continuidade às tratativas entre sindicato e Poder Público. Ao ser questionado se poderá ocorrer a judicialização do caso, o presidente do sindicato respondeu: “isso vai depender da opinião dos servidores que irão decidir em assembleia”. Ouça a entrevista completa no player de áudio.
As discussões quanto ao reajuste em Marau ocorrem no momento que o presidente Jair Bolsonaro,sancionou o projeto que socorre financeiramente os Estados e municípios durante a pandemia do novo coronavírus. Na mesma lei, porém, foi vetado qualquer tipo de reajuste para servidores até 2021.
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