A convite da diretoria da CEEE - Companhia Estadual de Energia Elétrica, a Tua Rádio Alvorada participou na manhã desta terça-feira, 27/02, de visita técnica a Barragem do Capingui. Há meses, moradores do entorno, bem como frequentadores e proprietários de áreas que circundam o alagado, manifestam preocupação com relação ao nível da água que apresenta uma diminuição de pelo menos cinco metros e meio do volume médio.

Segundo o engenheiro, Diogo Heck, coordenador de Meio Ambiente, o reservatório da Usina mantida pela CEEE no local, apresenta relativo declínio. A situação, porém, está de acordo com a normalidade para este período do ano e em conformidade com o regime hídrico que se apresenta na região. “Quanto aos impactos ambientais, os monitoramentos realizados pela CEEE mostram índices positivos”, diz o engenheiro. A morte dos peixes, segundo ele, ocorre por causas naturais, próprias do ecossistema.

O baixo nível dos efluentes que abastecem a barragem também explicam a precipitação. “Nos últimos três meses, o déficit é de 34% com relação à media histórica. Isso significa que o volume de chuva chega a 66% do que é esperado pelo período. O nível do reservatório se aproxima de uma situação de alerta, mas as condições atuais não exigem redução de vazão por parte da CEEE. Não é uma situação crítica, afirma Heck. Ouça a íntegra da entrevista no player de áudio.

O início de um processo de modernização da usina deve conter redução do nível da água na Barragem. Marcelo Frantz, engenheiro civil da CEEE que também acompanhou a visita, aponta que o investimento de R$ 10 milhões favorece as usinas de Ernestina e do Capingui. “As obras de automação no Capingui iniciam nos próximos dias e não interfere na barragem, mas sim na geração de energia”, explica Frantz. Dessa forma, nos próximos 90 dias, a operação sofre alterações e a tendência é de que o nível da água volte a subir.