"Estamos em greve por dignidade e não só por salário”
Afirmação é de Álvaro Neubauer, fiscal agropecuário federal, em Marau
Foto: ruralpecuaria.com.br
Os fiscais agropecuários federais estão em greve desde a quinta-feira, 17/09. A reivindicação é o reajuste salarial. Álvaro Neubauer, profissional que atua em Marau, explicou que a categoria espera uma resposta sobre a contraproposta enviada há alguns dias ao Governo Federal, de reajuste salarial de 10,8% em dois anos.
Neubauer, que é representante sindical da categoria, revela que na última reunião realizada com o Ministério da Agricultura e Ministério do Planejamento, na sexta-feira, 18/09, os fiscais foram mal recebidos. “Nos ignoraram como se fôssemos qualquer coisa. Hoje estamos em greve por dignidade e não só por salário”, afirma.
Ele compara a oferta do governo com a previsão inflacionária para o ano, que chega a 9%. A paralisação, segundo Neubauer, é por tempo indeterminado. “O governo dá a entender que o servidor é o culpado pela crise, o que é um absurdo. A televisão está mostrando quem é culpado pela desgraça deste País”, desabafa.
O fiscal federal destaca que a greve não está prejudicando os abates de animais, que continuam sendo realizados. A paralisação diz respeito às ações de fiscalização voltadas às exportações. Nestes casos não há a emissão das certificações, impedindo que os produtos de origem animal saiam do País.
No Rio Grande do Sul, dos aproximadamente 250 fiscais federais agropecuários na ativa, mais de 80% aderiram à paralisação. Já existem filas de contêineres no Porto de Rio Grande e já foi registrada a suspensão de abate em um frigorífico por falta de lugar para armazenar o produto.
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