Turra é contra investimentos do Estado em rodovias federais e pedágios com altas tarifas
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Nesta terça-feira, 19/04, o deputado Sérgio Turra (Progressistas) se reúne com o governador Ranolfo Vieira Júnior para tratar sobre as estradas gaúchas. Um projeto do executivo que autoriza investimentos do Estado em rodovias federais foi anunciado em março pelo então governador, Eduardo Leite, liberando R$ 495 milhões para serem aplicados na conclusão de obras em rodovias federais no Rio Grande do Sul. Os recursos seriam aportados a partir de um termo de cooperação entre o governo e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Para Turra, o valor precisa ser aplicado em rodovias estaduais. “Nem um centavo do estado deve ir para obras que são de responsabilidade da união. Aqui, no Rio Grande do Sul, temos muitas necessidades urgentes e que são de responsabilidade nossa. Temos municípios sem acessos asfálticos, temos escolas que precisam de reformas, estradas que necessitam de sinalização e duplicação para a segurança das comunidades, etc. Por isso, sou totalmente contra esta ideia”, afirma o parlamentar.
Outro tema que será pauta da reunião é o modelo da concessão das rodovias gaúchas. Turra explica que estradas ruins não atraem investidores. “O baixo interesse pelo leilão das concessões confirma isso. A falta de investidores ocasionou o alto valor estimado para as tarifas dos pedágios”, explica.
Embora os dois eventos não tenham relação direta entre si, o resultado do leilão aciona argumentos variados para o destino dos recursos do Estado. “Sou a favor de pedágios para melhorar a infraestrutura das regiões. Porém, a concorrência deve ser estabelecida de acordo com a tarifa mais baixa de pedágio, e não no modelo imposto pelo governo. Os valores ficaram altos demais. Um soco no bolso de muitos motoristas que passam, diariamente, por alguns trechos”, avalia.
Para que o governo reveja os assuntos, Turra fará a entrega de um requerimento de reavaliação. A intenção do parlamentar é conseguir articular outras estratégias junto ao governo. “Ranolfo precisa ouvir a voz das ruas e colocar as decisões na balança. O país vive uma crise sem precedentes, e não podemos onerar mais ainda o bolso do cidadão".
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